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Turquia mantém nove estudantes presos por criticar operação em Afrin

Após criticar ofensiva turca na Síria, a justiça pediu a prisão preventiva de nove dos dezesseis estudantes detidos durante protesto

O presidente turco disse que os jovens que se opõe a ofensiva turca na Síria são terroristas e traidores (Darren Ornitz/Reuters)

O presidente turco disse que os jovens que se opõe a ofensiva turca na Síria são terroristas e traidores (Darren Ornitz/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de abril de 2018 às 10h02.

Istambul - Um tribunal de Istambul decretou nesta quarta-feira prisão preventiva para nove dos 16 estudantes detidos em várias operações policiais nas duas últimas semanas por protestar contra a ofensiva militar turca no enclave curdo-sírio de Afrin.

O juiz ordenou a prisão preventiva por "fazer propaganda de organizações terroristas", enquanto deixou em liberdade sob controle judicial outros seis estudantes, aponta o jornal "Hürriyet" em sua versão eletrônica.

Os estudantes foram detidos por se manifestar contra a operação militar turca em Afrin, que combatia a milícia curdo-síria Unidades de Proteção Popular (YPG), grupo que Ancara considera "organização terrorista".

Os protestos começaram quando um grupo de estudantes da Universidade de Bogazici em Istambul, que apoiava a operação militar, repartiu doces para homenagear os soldados mortos.

Outros jovens da mesma universidade protestaram por este gesto, aos gritos de "a invasão e o massacre não podem ser comemorados com doces turcos", e convocaram manifestações no campus contra a guerra em Afrin.

Após este fato, as forças de segurança turcas fizeram várias operações policiais policiais entre 19 de março e 2 de abril para deter os estudantes.

Em 24 de março, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou os jovens de serem "terroristas" e "traidores".

"Esses jovens são terroristas comunistas e traidores. Não lhes outorgaremos o direito à educação universitária", advertiu o governante.

Desde que a Turquia lançou a operação militar em Afrin em 20 de janeiro, a polícia deteve mais de 800 pessoas por criticar a ofensiva militar.

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