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Turquia e Irã decidem promover cessar-fogo na Síria

Erdogan fez o anúncio em entrevista coletiva em Ancara, em seu retorno do Azerbaijão, onde discutiu com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad


	A bandeira síria é vista em Damasco: "Poderemos avançar dependendo dos resultados que essas iniciativas tiverem", considerou o primeiro-ministro turco
 (Louai Beshara/AFP)

A bandeira síria é vista em Damasco: "Poderemos avançar dependendo dos resultados que essas iniciativas tiverem", considerou o primeiro-ministro turco (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 14h35.

Ancara - A Turquia e a Irã decidiram promover um cessar-fogo na Síria a partir de 25 de outubro, segundo anunciou nesta terça-feira em Ancara o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

Erdogan fez o anúncio em entrevista coletiva em Ancara, em seu retorno do Azerbaijão, onde discutiu com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, a possibilidade de iniciar um cessar-fogo de vários dias durante a Festa muçulmana do Cordeiro.

"Enfatizamos que seria melhor se os países com um interesse primordial na crise, como Egito, Arábia Saudita e Rússia, fizesem também apelos para o cessar-fogo", disse Erdogan em seu discurso, retransmitido ao vivo pela emissora "NTV".

Os dois dirigentes se reuniram por 40 minutos em uma reunião fechada da cúpula da Organização de Cooperação Econômica, e sua principal pauta foi o conflito sírio, reconheceu Erdogan.

O primeiro-ministro turco afirmou que tanto ele como Ahmadinejad apoiam a proposta de estabelecer um cessar-fogo durante a Festa do Cordeiro, adiantada ontem por Lakhdar Brahimi, o enviado especial para a Síria das Nações Unidas e a Liga Árabe.

Erdogan acrescentou que os contatos entre os ministros das Relações Exteriores iraniano e turco servirão para que os dois países aproximem posturas em relação à crise síria.

O chefe do governo turco disse que propôs estabelecer três iniciativas tripartidas que poderiam atuar juntas para resolver a questão síria, compostas por Turquia, Egito e Irã; Turquia, Rússia e Irã; e Turquia, Arábia Saudita e Egito, respectivamente.

"Poderemos avançar dependendo dos resultados que essas iniciativas tiverem", considerou o primeiro-ministro turco. 

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