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Tunísia diz ter identificado quase 3 mil jihadistas

Média de idade dessas pessoas se situa entre 25 e 50 anos, e entre elas há um número alto de mulheres

Tunísia, onde se originaram as agora fracassadas "primaveras árabes", é considerada o primeiro país do mundo em número de jihadistas (Reuters/Reuters)

Tunísia, onde se originaram as agora fracassadas "primaveras árabes", é considerada o primeiro país do mundo em número de jihadistas (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 12h12.

Túnis - As autoridades da Tunísia dispõem de uma lista com o nome de 2.929 cidadãos que estão no exterior e são suspeitos de terem vínculos com organizações jihadistas, 400 dos quais permanecem distribuídos em vários países, principalmente da Europa.

Em declarações nesta terça-feira a uma emissora de televisão local, o ministro de Interior tunisiano, Hedi Majdoub, indicou que dos outros 800 que se tem constância de que retornaram ao país "300 estão catalogados como muito perigosos".

"Os terroristas que retornaram de áreas de tensão pertencem em sua maioria à região da capital conhecida como Grande Túnis, formada pelos bairros de Ben Arus, Manuba, Cartago, Medina e La Ariana, mas também há pessoas das 25 governações restantes", afirmou.

Ao fio deste argumento, Majdoub reforçou que os serviços secretos tunisianos têm identificados 2.929 supostos jihadistas que vivem no exterior, 1.500 dos quais estariam na Síria, cerca de 500 na Líbia, 150 no Irã e "400 mais divididos por diversos países, em sua maioria europeus".

A média de idade destes fanáticos se situa entre 25 e 50 anos, e entre eles há um número alto de mulheres, acrescentou o ministro.

A Tunísia, onde se originaram as agora fracassadas "primaveras árabes", é considerada o primeiro país do mundo em número de jihadistas que na última meia década emigraram para somar-se a grupos radicais violentos como o Estado Islâmico ou a Organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).

No último dia 30 de dezembro, o primeiro-ministro tunisiano, Youssef Chahed, advertiu que o exército e a polícia tunisiana deterão todo jihadista que retorne após ter combatido nas fileiras de organizações terroristas.

"Aqueles que retornarem serão detidos de forma imediata em sua chegada a território tunisiano e serão julgados. E lhes será aplicada a lei antiterrorista", renovada e aprovada em 2015 no contexto dos três atentados terroristas que naquele ano mataram 72 pessoas na Tunísia, 60 delas turistas estrangeiros.

País de origem do jovem que há duas semanas atacou um mercado natalino da Alemanha, desde então a Tunísia assegura que desmantelou sete supostas células jihadistas, algumas das quais estariam preparada para atacar.

A última foi desarticulada nas últimas horas na cidade de Gardinau, na província setentrional de Siliana, informou hoje o próprio Ministério do Interior.

Segundo a fonte, a célula estava integrada por cinco pessoas - com as quais foi apreendida uma grande quantidade de propaganda islamita -, uma das quais admitiu no interrogatório ter recebido financiamento de um grupo "takfiri" estabelecido na Europa.

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