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Tunísia anuncia novo governo de coalizão e inclui islamitas

Novo governo, o primeiro após as eleições de outubro, precisará ser aprovado na quarta-feira pelo Parlamento

Habib Essid (e) apresenta seu cabinete ao presidente da Tunísia, Beji Essebsi, em Túnis (Fethi Belaid/AFP)

Habib Essid (e) apresenta seu cabinete ao presidente da Tunísia, Beji Essebsi, em Túnis (Fethi Belaid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 11h26.

Túnis - O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Esid, anunciou nesta segunda-feira um governo de coalizão dominado pelo partido vencedor das eleições legislativas, o laico Nidaa Tunis, mas que também contará com representantes do partido islamita Ennahda.

"Fizemos mudanças para ampliar a composição do governo com a entrada de novos partidos", declarou Esid.

O novo governo, o primeiro após as eleições de outubro, precisará ser aprovado na quarta-feira pelo Parlamento.

Além do Nidá Tunis (86 deputados no Parlamento) e do Ennahda (69), outros dois partidos estão representados no executivo: a União Patriótica Livre (16 deputados), de um milionário proprietário de um clube de futebol, e Afek Tunis (liberal, 8 deputados).

Com esta composição, o governo pode contar, em teoria, com o apoio de 179 dos 217 deputados do Parlamento.

Apesar de sua rivalidade, o Nidá Tunis e o Ennahda precisaram entrar de acordo após o resultado das legislativas de outubro, da qual não saiu uma maioria clara.

"Não temos mais tempo a perder, estamos em uma corrida contra o tempo", disse Esid nesta segunda-feira.

Vários membros de seu partido fizeram todo o possível para evitar a entrada no governo dos islamitas do Ennahda, acusados por eles de ter levado o país à beira do caos durante seus dois anos no poder (2012-2014).

A Tunísia esteve buscando um governo estável desde que se tornou, em 2011, o primeiro país a viver a chamada Primavera Árabe, que levou ao exílio seu então presidente, Zine El Abidine Ben Alí.

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