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Tufão atinge sul e centro do Japão e deixa 68 feridos

O tufão Vongfong tocou o solo com força nas regiões sul e central do Japão, deixando um desaparecido

Pessoas caminham em meio a forte chuva causada pelo tufão Vongfong, no Japão (Kyodo/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 10h34.

Tóquio - O tufão Vongfong tocou o solo com força nesta segunda-feira nas regiões sul e central do Japão , deixando até o momento um desaparecido e 68 feridos em 15 províncias do país, informaram as autoridades japonesas.

O supertufão, que se desloca a uma velocidade de 50 km/h, tocou o solo em Kagoshima, na ilha de Kyushu, no sul do país, por volta das 8h30 local (20h30 de Brasília do domingo), segundo a Agência Meteorológica do Japão, que alertou sobre a ocorrência de fortes chuvas , inundações e deslizamentos de terra, durante todo o dia.

Os acidentes produzidos pelos ventos de mais de 100 km/h, as fortes chuvas e ondas de mais de oito metros deixaram pelo menos 68 feridos em 15 províncias do país.

Um cidadão chinês está desaparecido, depois que foi arrastado pelas ondas no domingo à tarde junto com outras duas pessoas, que já foram resgatadas, em um porto do centro do Japão.

Mais de 600 voos foram cancelados até às 18h (6h de Brasília), principalmente em aeroportos do sul do país, enquanto algumas viagens de trem também foram suspensas, informou a emissora pública "NHK", que dedicou hoje toda sua programação de maneira ininterrupta para a passagem do tufão Vongfong.

A usina nuclear de Fukushima, situada no norte do Japão, anunciou hoje que ativou vários protocolos de segurança devido à chegada do tufão amanhã.

A Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela usina, informou que instalou calhas na parte superior dos tanques que acumulam água contaminada e que também reforçou e aumentou a altura dos diques para evitar os transbordamentos causados pelas chuvas.

Além disso, assegurou que utilizará trabalhadores de maneira preventiva para monitorar as instalações o tempo todo e assim evitar transbordamentos e um aumento na enorme quantidade de água contaminada que se acumula nos porões, um dos principais problemas da central nuclear.

A Mitsubishi Motors, por sua vez, anunciou a suspensão das operações de quatro fábricas no país para proteger a segurança dos trabalhadores devido ao tufão.

A medida afetou os turnos noturnos das fábricas no oeste do país e suas operações serão retomadas na terça-feira de manhã dependendo da situação e do impacto do Vongfong.

O tufão, o 19º da temporada no Pacífico, afetou a totalidade da ilha de Kyushu durante o dia todo e, pela tarde, se posicionou sobre o centro do país, inclusive a cidade de Osaka, a terceira mais populosa do país.

Está previsto que o Vongfong chegue a Tóquio durante a madrugada.

As autoridades locais ativaram os alertas de evacuação para mais de 900 mil pessoas em 13 províncias, enquanto quase 5 mil casas em duas províncias vizinhas da capital sofrem cortes de energia.

Além disso, milhares de escolas do centro e do norte do país anunciaram hoje que o horário do início das aulas amanhã será atrasado para evitar que coincida com o tufão.

Vongfong chega apenas uma semana depois que o tufão Phanfone atingiu com força boa parte do arquipélago japonês, causando nove mortes e deixando três desaparecidos.

São Paulo - De acordo com um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas ( ONU ), as catástrofes ambientais causaram um prejuízo recorde de 138 bilhões de dólares para economia mundial em 2012. O furacão Sandy foi o mais caro, custando 50 bilhões para economia americana. Embora tenha assustado o mundo naquele ano, a supertempestade passou longe de ser um dos piores desastres naturais . Veja a seguir quais foram as catástrofes naturais mais mortais e onde elas ceifaram mais vidas.
  • 2. Enchente e avalanche no Paquistão

    2 /9(Getty Images)

  • Veja também

    Total de mortos: 615
    Em abril de 2012, por volta das 6h da manhã, uma avalanche destruiu uma das mais importantes sedes militares paquistanesas em Gayari perto da disputada geleira Siachen, matando 135 pessoas. Depois foi a vez das enchentes ceifarem mais vidas: 480 no total, entre agosto e outubro.
  • 3. Enchentes na Nigéria

    3 /9(Pius Utomi Ekpei/AFP)

  • Total de mortos: 363 Entre julho e outubro de 2012, a Nigéria viveu um desastre nacional. As enchentes que atingiram o país no período levaram caos à região afetando mais de sete milhões de pessoas. Dessas, pelo menos 2 milhões tiveram de abandonar suas casas. O balanço final de vítimas contabiliza 363 mortos.
  • 4. Frio e enxurrada na Rússia

    4 /9(Getty Images)

    Total de mortos: 341 Fortes chuvas castigaram a Rússia em junho do ano passado. As enchentes-relâmpagos causaram um desastre sem precedentes na região sul, destruindo calçadas, casas, semáforos. Por ter ocorrido à noite, a enxurrada pegou muita gente de surpresa; algumas das 171 vítimas fatais foram eletrocutadas nas ruas, sem tempo de reagir. No fim do ano, uma onda de frio congelante matou outras 170 pessoas.
  • 5. Terremotos no Irã

    5 /9(Getty Images)

    Total de mortos: 306 No dia 11 de agosto, dois fortes terremotos atingiram a região montanhosa de Varzeghan, Ahar e Heris, no Irã. Mais de 300 pessoas morreram e outras 3 mil ficaram feridas. No momento da catástrofe, a maioria dos homens trabalhava no campo mas as mulheres e as crianças estavam dentro de casa e foram as grandes vítimas da tragédia.
  • 6. Frio extremo no Peru

    6 /9(Getty Images)

    Total de mortos: 252 A onda de frio que atingiu o Peru em junho de 2012 deixou muita gente doente. Comunidades pobres, onde os habitantes sofrem de anemias e outros problemas de saúde, estão entre as mais afetadas. Crianças com menos de cinco anos de idade são a maior parte das vítimas fatais. Nesse período, aumentam os casos de infecções respiratórias agudas e pneumonia.
  • 7. Enchente na Coreia do Norte

    7 /9(Getty Images)

    Total de mortos: 169

    Em julho de 2012, a Coreia do Norte enfrentou o que as autoridades chamaram de as piores enchentes em um século da história do país.  A enxurrada deixou construções debaixo d´água e interrompeu o fornecimento de energia elétrica. Pior, as enchentes ocorreram logo depois de um período de seca na região, comprometendo ainda mais o fornecimento de alimento na região.
  • 8. Enchentes, China

    8 /9(Getty Images)

    Total de mortos: 151 Após dias de chuvas torrenciais em junho, o sudoeste da China foi castigado por enchentes, que obrigaram dezenas de milhares de pessoas a deixarem as suas casas. A cidade de Chongqing teve 220 milímetros em 30 horas, um recorde de 1958.
  • 9. Ar irrespirável

    9 /9(Getty Images)

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