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Trump x clima; Venezuela na OEA…

Ameaça ambiental O presidente americano Donald Trump assinou um decreto que invalida muitas das regulações ambientais da gestão do ex-presidente Barack Obama. O decreto inviabiliza, por exemplo, uma regulação que obrigava os estados a diminuírem a emissão de poluentes — parte das metas acordadas pelos Estados Unidos e por mais de 200 países no Acordo […]

ACORDO DE PARIS: tratado pode ser invalidado nos EUA por um decreto do presidente Donald Trump / Carlos Barria/Reuters
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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2017 às 18h49.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h57.

Ameaça ambiental

O presidente americano Donald Trump assinou um decreto que invalida muitas das regulações ambientais da gestão do ex-presidente Barack Obama. O decreto inviabiliza, por exemplo, uma regulação que obrigava os estados a diminuírem a emissão de poluentes — parte das metas acordadas pelos Estados Unidos e por mais de 200 países no Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a reunião sobre o clima COP21. Trump, que já chegou a dizer no passado que o aquecimento global era uma “farsa”, classificou a medida como uma “revolução energética” para pôr fim aos “abusos do Estado”, e disse que menos regulações vão ajudar a gerar empregos.

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Exxon: aliada ambientalista?

Pela manhã, a petroleira ExxonMobil enviou uma carta a Trump defendendo que é “prudente” que os americanos permaneçam no Acordo de Paris, que permitiria que o mercado de energia siga “livre e competitivo”. Embora torne mais difícil o cumprimento das metas, o decreto de Trump ainda não retira diretamente os Estados Unidos do acordo. O ex-presidente da Exxon é o atual secretário de Estado de Trump, Rex Tillerson, que disse na semana passada que defenderia o Acordo de Paris se algumas das regulações fossem retiradas. Outra defensora da permanência é a filha de Trump, Ivanka.

Trumpcare 2.0

Ainda que a lei de saúde de Donald Trump tenha sido derrotada na semana passada, a bancada republicana na Câmara dos Estados Unidos ainda não desistiu de tentar passar um substituto para o Obamacare, projeto de subsídios do ex-presidente Barack Obama. “Não vamos parar até termos feito isso”, disse o líder republicano na Casa, Kevin McCarthy. O republicano Paul Ryan, contudo, evitou estabelecer uma data para que uma nova lei seja aprovada: “queremos fazer isso direito”, disse.

Escócia: referendo aprovado

O Parlamento da Escócia aprovou a realização de um referendo para decidir sobre a permanência do país no Reino Unido. Uma votação do tipo já havia sido realizado em 2014, mas na ocasião, os escoceses decidiram ficar, justamente pelo acesso ao mercado livre da União Europeia — com a saída do Reino Unido do bloco, a situação muda de figura. A Escócia precisa agora de aprovação do Reino Unido para realizar a votação, mas a premiê britânica, Theresa May, é contra. Na quarta-feira 29, May vai dar início formal ao processo de saída da UE, e a líder do governo escocês, Nicola Sturgeon, deve começar a negociar. “Não quero um confronto, só uma discussão sensível”, disse Sturgeon.

Penelope Fillon acusada

O candidato conservador à Presidência da França, François Fillon, viu sua esposa, Penelope, ser formalmente acusada por ter recebido pagamentos do gabinete do marido sem de fato realizar os trabalhos. Penelope, interrogada nesta terça-feira, será investigada por uso indevido de fundos públicos e fraude. Fillon também é investigado e pode ser acusado no futuro. Revelado no início do ano, o caso fez a popularidade do candidato cair: Fillon passou de segundo para terceiro colocado nas pesquisas de intenções de voto. As eleições francesas acontecem em 23 de abril e o centrista Emmanuel Macron se encontra empatado com a ultraconservadora Marine Le Pen, ambos com 25% dos votos, e Macron vencendo no segundo turno por 60% a 40%.

OEA discute Venezuela

O conselho da Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou uma reunião extraordinária para debater a situação da Venezuela. Na sexta-feira, 14 dos 34 países-membros divulgaram uma declaração conjunta exigindo que a Venezuela libertasse seus presos políticos, convocasse novas eleições e respeitasse as decisões do Parlamento — em constante pé-de-guerra com o presidente Nicolás Maduro. Uma expulsão da Venezuela do bloco é vista como última opção. A ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, disse que o processo é uma intervenção em assuntos internos do país.

Dinamarca: adeus, Uber

A empresa de tecnologia Uber vai encerrar suas operações na Dinamarca, depois de novas regulações entrarem em vigor — exigindo, por exemplo, que os carros do Uber tenham taxímetros. Há 2.000 motoristas e 300.000 usuários no país. Desde sua chegada à Europa, em 2011, o Uber chegou a ser barrado em cidades como Paris e Londres. A companhia aguarda uma decisão da União Europeia sobre sua regulamentação. Também nesta terça-feira, o Uber divulgou seu primeiro relatório de diversidade: em meio às acusações de assédio no ambiente de trabalho, os números mostram que 36% dos funcionários são mulheres — a fatia cai para 15% em cargos técnicos.

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