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Trump volta atrás e diz que China não manipulou moeda

"Por que chamaria a China de manipuladora de moeda quando está trabalhando conosco no problema norte-coreano?", Trump escreveu no Twitter

 (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de abril de 2017 às 12h07.

Washington - O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou neste domingo não ter declarado a China de manipuladora de moeda, como prometeu na campanha eleitoral, por sua ajuda com "o problema norte-coreano".

"Por que chamaria a China de manipuladora de moeda quando está trabalhando conosco no problema norte-coreano? Veremos o que acontece!", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Um dos lemas da campanha eleitoral de Trump era que a China manipula sua moeda, ou seja, que mantém sua moeda artificialmente baixa a fim de potencializar suas exportações.

O Departamento do Tesouro dos EUA concluiu na sexta-feira, em um relatório, que a China não manipulou sua moeda na segunda metade de 2016, informação que Trump já havia antecipado em uma entrevista ao "The Wall Street Journal".

Trata-se de uma mudança drástica em suas promessas de campanha de declarar a China manipuladora de moedas, o que acarretaria certas sanções comerciais contra esse país.

Esta mudança ocorre depois de Trump ter se reunido com o presidente chinês, Xi Jinping, na semana passada em seu luxuoso complexo Mar-a-Lago de Flórida e em um momento de enorme tensão entre EUA e Coreia do Norte.

O presidente também enviou no Twitter uma mensagem de "Feliz Páscoa a todos!", mas não fez nenhum comentário sobre o lançamento fracassado de um míssil ontem pela Coreia do Norte.

A notícia desse teste foi dada por porta-vozes do Ministério de Defesa sul-coreano e confirmada pelo Pentágono, mas ainda não foi informado de que tipo de míssil se trata, enquanto a Coreia do Norte não se manifesta.

O lançamento fracassado ocorreu pouco antes de o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, aterrissar em Seul para iniciar uma excursão asiática na qual o tema norte-coreano será central, entre outras coisas, para examinar opções militares como resposta a provocações do regime.

Já hoje, na capital sul-coreana, Pence qualificou o último teste norte-coreano de "provocação".

"Asseguro que nossa determinação nunca foi mais forte que sob a liderança do presidente Trump, nosso compromisso com esta histórica aliança com o valente povo da Coreia do Sul nunca foi mais forte e, com a nossa ajuda e a ajuda de Deus, a liberdade prevalecerá para sempre nesta península", afirmou.

Nos últimos dias, houve numerosas especulações sobre a possibilidade de o regime norte-coreano realizar seu sexto teste nuclear ou o lançamento de um míssil, em honra ao 105° aniversário do nascimento de falecido líder Kim Il-sung que foi celebrado ontem.

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