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Trump veta rejeição do Congresso à emergência nacional para construir muro

Trata-se do primeiro veto presidencial que Trump utiliza desde que chegou à Casa Branca em janeiro de 2017

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez pronunciamento na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), reunião anual do Partido Republicano. 3 de março de 2019 REUTERS/Yuri Gripas (Yuri Gripas/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez pronunciamento na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), reunião anual do Partido Republicano. 3 de março de 2019 REUTERS/Yuri Gripas (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de março de 2019 às 17h53.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira seu veto à resolução do Congresso contra sua emergência nacional decretada para financiar o muro na fronteira com o México, minutos depois que essa foi aprovada pelo Senado, com o apoio de 12 senadores republicanos.

"VETO!", escreveu Trump de maneira breve na sua conta do Twitter pouco depois que o Senado aprovou a resolução contra o decreto de emergência, duas semanas depois de a Câmara dos Representantes fazer o mesmo.

Trata-se do primeiro veto presidencial que Trump utiliza desde que chegou à Casa Branca em janeiro de 2017.

A resolução do Senado é especialmente notável já que a Casa conta com maioria republicana, o partido de Trump, razão pela qual representa um duro golpe em sua autoridade.

O resultado de 59 votos a favor e 41 contra mostra que 12 senadores conservadores optaram por unir-se à oposição democrata contra o presidente.

O veto de Trump devolve a proposta ao Congresso, mas agora será necessário o apoio de dois terços da Câmara dos Representantes e do Senado para torná-la efetiva.

Embora possa passar na Câmara, onde os democratas contam com maioria, parece difícil que a proposta alcance os 67 votos necessários no Senado, onde pelo menos mais oito republicanos teriam que se rebelar contra Trump.

A resolução contra a emergência nacional foi apresentada na Câmara dos Representantes pelo presidente do Caucus Hispânico do Congresso (CHC), Joaquín Castro, com o objetivo de censurar Trump por ter passado por cima da autoridade legislativa dos congressistas, que não tinham aprovado os fundos para o muro desejado pelo governante.

No último dia 15 de fevereiro, o governante americano assinou uma declaração de emergência nacional, uma medida extraordinária que permite aos presidentes terem acesso temporariamente a um poder especial para enfrentar uma crise.

Trump justificou sua declaração de emergência em uma suposta "invasão" de drogas e criminosos na fronteira com o México.

Com esse decreto, Trump pretende reunir US$ 6,6 bilhões desviados de diferentes verbas já aprovadas pelo Congresso, que se somariam a outro US$ 1,37 bilhão outorgado pelo poder legislativo para construir a barreira fronteiriça. EFE

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