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Trump quer usar repercussão de discurso para avançar em agenda

No discurso, Trump deu poucos detalhes sobre suas políticas, mas pediu ao Congresso que substitua o Obamacare, a lei de planos de saúde de Obama

Donald Trump no Congresso: o discurso foi bem recebido porque Trump usou tom muito mais presidencial do que em outras ocasiões (Jim Lo Scalzo/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de março de 2017 às 17h18.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , quer aproveitar a boa repercussão de seu discurso no Congresso para realizar avanços em sua agenda legislativa, disse nesta quarta-feira o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

Em um encontro com jornalistas, Spicer afirmou que ontem foi uma "grande noite para o presidente", que está "comovido" pela recepção ao seu primeiro discurso em uma sessão conjunta do Congresso.

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Esse discurso "gerou um grande impulso", completou o porta-voz, ao destacar que Trump está aproveitando o momento para começar a trabalhar em suas metas em reuniões com seus assessores e em um almoço na Casa Branca com as lideranças do Senado e da Câmara dos Representantes.

No discurso, Trump deu poucos detalhes sobre suas políticas, mas pediu ao Congresso que substitua o Obamacare, como ficou conhecida a lei de planos de saúde do ex-presidente Barack Obama, pediu financiamento para infraestrutura e urgiu buscar compromissos que possam produzir, em última instância, uma reforma migratória.

O discurso foi bem recebido porque Trump usou tom muito mais presidencial do que em outras ocasiões, foi conciliador e muito mais otimista do que durante sua posse.

Os republicanos, preocupados pela imagem de caos da Casa Branca de Trump nas primeiras semanas do governo, comemoraram efusivamente o discurso do presidente.

De acordo com uma pesquisa realizada pela "CNN", 78% dos espectadores da emissora, 57% consideraram o discurso muito positivo e 21% algo positivo. Apenas 21% acharam negativo.

Spicer antecipou que Trump não deve assinar hoje a versão revisada de seu polêmico veto migratório a refugiados e cidadãos de países de maioria muçulmana, como tinham antecipado alguns funcionários do alto escalão do governo à imprensa.

O porta-voz evitou até arriscar dizer que se a nova ordem executiva será publicada nesta semana.

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