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Trump quer unir país, mas acha difícil sem "grande acontecimento"

Trump parecia fazer referência a incidentes traumáticos que uniram os EUA em torno da agenda do presidente, como ocorreu após o 11 de setembro

Trump: "Quero ver nosso país unido", disse (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 22h17.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta terça-feira que ficaria encantado se conseguisse unir o país, superando as "tremendas divisões" existentes, mas avaliou que seria difícil cumprir essa missão sem um "grande acontecimento" que renove o patriotismo americano.

"Quero ver nosso país unido", disse Trump em um almoço com apresentadores de várias emissoras de televisão, horas antes de realizar no Congresso seu primeiro discurso sobre o Estado da União.

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"Consideraria uma grande realização se conseguisse fazer que nosso país ficasse unido. Se eu pudesse unir o país. Isso não é algo fácil de se fazer porque as opiniões são muito diferentes", afirmou o presidente, segundo nota divulgada pela Casa Branca.

"Sem um grande acontecimento que faça as pessoas se unirem, isso é difícil de conseguir. Gostaria de fazê-lo sem esse grande acontecimento porque ele normalmente não é algo bom", completou.

Trump parecia fazer referência a incidentes traumáticos que uniram os EUA em torno da agenda do presidente, como ocorreu após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando a popularidade de George W. Bush passou de 57% para 90% nas semanas seguintes ao ataque.

O presidente negou que as "tremendas divisões" dentro do país sejam uma exclusividade de seu governo. Para ele, esse é um problema de longa data e que também afetou os mandatos de Bill Clinton (1993-2001), Bush (2001-2009) e Barack Obama (2009-2017).

Perguntado sobre o que aprendeu em seu primeiro ano como presidente, Trump respondeu que governar é diferente de ser um homem de negócios. No mundo empresarial, segundo o magnata republicano, basta se preocupar em "ganhar dinheiro e competir com as pessoas".

"Mas quando você faz o que eu estou fazendo agora, muito disso é coração, muito é compaixão. Vai além do dinheiro", explicou Trump.

"É como na imigração. Seria muito fácil resolver a (questão da) imigração se fosse simplesmente um assunto de negócios, mas não é. E isso é o que eu estudei, talvez o que eu mais estudei. Você deve governar com o instinto de um homem de negócios, mas acrescentar muito mais coração e alma às decisões do que antes", revelou.

Trump passou parte do dia ensaindo o discurso que fará às 21h10 locais (0h10 de quarta-feira em Brasília). Segundo a Casa Branca, ele próprio redigiu o texto, com ajuda do vice-presidente, Mike Pence, do assessor de segurança nacional H.R. McMaster, e do assessor sobre imigração, Stephen Miller.

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