Mundo

Trump pede que Rússia obtenha e divulgue e-mails de Hillary

O candidato republicano pediu que a Rússia obtenha e divulgue os 30 mil e-mails oficiais que desapareceram do servidor privado que sua adversária nas eleições


	Donald Trump: "Rússia, se você está ouvindo, espero que possa encontrar os 30 mil e-mails desaparecidos (de Hillary)”
 (Reuters)

Donald Trump: "Rússia, se você está ouvindo, espero que possa encontrar os 30 mil e-mails desaparecidos (de Hillary)” (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 16h29.

Miami - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira que a Rússia obtenha e divulgue os 30 mil e-mails oficiais que desapareceram do servidor privado que sua adversária nas eleições, a democrata Hillary Clinton, usou enquanto era secretária de Estado do país.

"Rússia, se você está ouvindo, espero que possa encontrar os 30 mil e-mails desaparecidos (de Hillary). Acho que você seria amplamente recompensada pela nossa imprensa", disse Trump em entrevista coletiva realizada em Doral, perto de Miami.

O empresário se referia aos 33 mil e-mails que a candidata democrata supostamente apagou da conta que usou quando era secretária de Estado e que, contrariando as normas, armazenou em um servidor privado, sem deixar cópias nos servidores do governo.

Trump convocou hoje uma entrevista coletiva, no dia seguinte à confirmação de Hillary como candidata na Convenção Nacional Democrata, mas não quis criticar a Rússia por supostamente estar intervindo nas eleições presidenciais americanas.

A Rússia foi acusada pelo Partido Democrata de ter sido a responsável pelo vazamento do último fim de semana de e-mails internos do Comitê Nacional Democrata com a intenção de influenciar no resultado do pleito de novembro.

"Putin sabe o que faz", disse Trump, praticamente encorajando que a Rússia use a ciberespionagem contra os e-mails de Hillary.

Segundo fontes do governo americano consultadas pela imprensa, tudo indica que a Rússia está por trás do vazamento de mais de 19 mil e-mails da cúpula democrata para o Wikileaks. As mensagens mostram como os líderes do partido favoreceram Hillary na disputa interna com seu rival nas primárias, o senador Bernie Sanders.

"Vou ser honesto: se a Rússia ou a China tem esses e-mails, ficaria encantado em vê-los", afirmou Trump sobre as mensagens que sumiram do servidor privado de e-mail da ex-secretária de Estado.

O candidato republicano disse que se hackers russos são responsáveis pela invasão ao Comitê Nacional Democrata, o ataque ocorreu porque a Rússia "não nos respeita como país". No entanto, Trump garantiu que isso mudará caso ele for eleito.

"Esta deve ser a primeira vez que um candidato presidencial de um grande partido incentiva ativamente uma potência estrangeira a realizar espionagem contra seu oponente político", disse o assessor-chefe de política externa de Hillary, Jake Sullivan.

"Isso não é uma hipérbole, são só os fatos. Isso vai além de uma questão de curiosidade, é uma questão de política e chega a ser um problema de segurança nacional", completou Sullivan em nota.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCelebridadesDonald TrumpEmpresáriosEstados Unidos (EUA)EuropaHillary ClintonPaíses ricosPolíticosRússia

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições