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Trump pede ao Catar para interromper financiamento ao terrorismo

"Nenhuma nação civilizada pode tolerar esta violência ou permitir que esta ideologia perversa se espalhe nas suas margens", disse Trump

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de junho de 2017 às 16h39.

Última atualização em 9 de junho de 2017 às 17h58.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu na sexta-feira para o Catar parar de financiar o terrorismo, enquanto o Departamento de Estado exortou os estados árabes a aliviar o bloqueio e acalmar as tensões que se intensificaram com uma oferta turca de enviar forças militares para ajudar o seu aliado catariano.

Trump disse que falou com os líderes regionais na sequência de uma reunião recente em Riad, na Arábia Saudita, e decidiu que era hora de pedir ao Catar que acabasse com o apoio a grupos terroristas.

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Barein cortaram laços com o pequeno e rico país do Golfo Pérsico na segunda-feira sobre acusações de longa data de que Doha estava cortejando o Irã e fomentando a instabilidade na região.

"A nação do Catar infelizmente tem sido historicamente um financiador do terrorismo em um nível muito alto", disse Trump a jornalistas na Casa Branca.

"Tivemos uma decisão a tomar: adotamos o caminho fácil ou finalmente tomamos uma ação difícil, mas necessária. Temos que parar o financiamento do terrorismo. Decidi ... chegou a hora de pedir ao Catar que acabe com o financiamento."

Os aliados do Golfo apertaram o cerco contra o Catar na sexta-feira, colocando dezenas de figuras com ligações com o país em listas negras de terroristas.

Adotando aparentemente uma posição diferente da linha dura de Trump, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, deixou claro na sexta-feira que espera que todas as partes coloquem fim à crise.

"Pedimos ao reino da Arábia Saudita, aos Emirados Árabes Unidos, ao Barein e ao Egito que amenizem o bloqueio contra o Catar", disse Tillerson em Washington.

Ele afirmou a repórteres no Departamento de Estado que a crise, que interrompeu o transporte e o comércio com Catar, começou a afetar a população catariana, prejudicar negócios e a luta dos EUA contra o grupo militante Estado Islâmico.

O Catar é lar de uma base militar vital dos EUA. Pouco depois das observações de Tillerson, o Pentágono disse que, embora o bloqueio de Qatar não está afetando as atuais operações contra o Estado islâmico, estava "dificultando" a capacidade de planejar operações de longo prazo.

Tillerson exigiu que o Catar, assim como as outras nações, tomem medidas para reduzir o apoio ao terrorismo. A Arábia Saudita e outros estados do Golfo acusam Doha de apoiar grupos extremistas, mas Tillerson sugeriu que todos os lados precisam fazer mais.

"O emir do Catar fez progressos na suspensão do apoio financeiro e na expulsão de elementos terroristas de seu país, mas ele deve fazer mais e ele deve fazê-lo mais rapidamente", disse Tillerson. "Outros também devem continuar a eliminar as facções de apoio às organizações violentas dentro de suas próprias fronteiras".

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