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Trump passa o dia recluso em seu clube em Nova Jersey, com todos os acessos blindados

Ex-presidente foi baleado durante comício no sábado, na Pensilvânia

Donald Trump é retirado de comício após som de tiros em Butler, Pensilvânia (Anna Moneymaker/AFP)

Donald Trump é retirado de comício após som de tiros em Butler, Pensilvânia (Anna Moneymaker/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 14 de julho de 2024 às 21h26.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 10h16.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, vítima de um atentado ocorrido ontem durante um comício político em Butler (Pensilvânia), passou o domingo, 14, recluso no clube de golfe de Bedminister, em Nova Jersey, de sua propriedade.

Os acessos ao clube desta área arborizada de Nova Jersey foram fechados neste domingo tanto pelo norte como pelo sul, e as diferentes vias que conduzem às instalações estão vigiadas por serviços de segurança, que só permitem o acesso a alguns veículos e estão aumentando a segurança em torno do ex-presidente.

Os jornalistas foram obrigados a permanecer a cerca de cinco quilômetros das entradas, junto à biblioteca pública de Bedminster. Muitos estão ali há várias horas com a esperança de verem a comitiva de Trump passar na estrada próxima em algum momento do dia, embora o ex-presidente também possa partir de helicóptero ou deixar o local apenas amanhã.

Trump, que ontem foi visto em aparente bom estado poucas horas depois do atentado - uma vez que desceu sozinho as escadas do avião ao chegar ao aeroporto de Newark -, prometeu estar amanhã na convenção republicana onde sua candidatura será proclamada e onde poderá designar seu candidato a vice-presidente.

Aproveitando a presença de jornalistas, um grupo de fanáticos por Trump enfrentou neste domingo as tórridas temperaturas e realizou uma pequena manifestação de apoio ao ex-presidente junto a um cruzamento rodoviário, à qual se juntaram os residentes deste local rural pouco urbanizado.

Vários veículos passavam por eles e buzinavam repetidamente para apoiá-los, ou colocavam os polegares para fora da janela para encorajá-los. Muitos carregavam bandeiras americanas ao vento ou outras com o slogan "Make America Great Again".

Uma das manifestantes, Nancy, de 65 anos e vestida com um vestido xerografado com uma montagem de fotos do ex-presidente, declarou que Deus marcou o destino de cada pessoa e que ontem não era a hora de Trump.

Sobre o atirador, disse que “todos aqueles que odeiam Trump sabem que só matando-o poderão impedir sua vitória”.

A bordo da sua Harley Davidson chegou Miguel Madero, um operário da construção civil porto-riquenho que acredita que só Trump “pode salvar este país do socialismo”, ideia que segundo ele é compartilhada por todos os clientes com quem conversa sobre política.

Todos os participantes desta pequena manifestação culparam a imprensa pelo que aconteceu ontem, porque segundo eles a grande mídia vem semeando há algum tempo uma retórica de ódio contra os republicanos em geral e contra Donald Trump em particular, o que teria levado a esta tentativa de assassinato.

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