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Trump ordena que EUA preparem sanções à Turquia por ofensiva na Síria

Ação militar turca teve início após os Estados Unidos retirarem as tropas da fronteira com a Síria

Trump: presidente está preocupado com a ofensiva militar em curso, garante secretário (Leah Millis/Reuters)

Trump: presidente está preocupado com a ofensiva militar em curso, garante secretário (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 17h19.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta sexta-feira que sua equipe de governo prepare sanções "significativas" à Turquia devido à ofensiva realizada na Síria, diante da possibilidade de que haja ataques "indiscriminados" a civis ou que se "deixe escapar" detentos que são integrantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

"O presidente autorizou e assinará um novo decreto executivo que dá ao Departamento do Tesouro (o poder de impor) sanções novas muito significativas que podem ser destinadas a qualquer pessoa vinculada ao governo da Turquia", anunciou em entrevista coletiva o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, depois de se reunir com Trump na Casa Branca.

As sanções não serão aplicadas imediatamente e têm o objetivo de "dissuadir a Turquia de continuar com a ação militar ofensiva no nordeste da Síria", acrescentou.

Mnuchin ressaltou que o governo americano "espera não ter que usar" as sanções, que serão "primárias e secundárias", ou seja, afetariam também quem negociar com pessoas e empresas sancionadas.

O secretário do Tesouro não esclareceu o que levaria Trump a implementar as sanções, mas garantiu que "o presidente está preocupado com a ofensiva militar em curso e a possibilidade de que afete civis, infraestrutura civil e minorias étnicas ou religiosas".

"O presidente também quer deixar muito claro que é imprescindível que a Turquia não permita nem sequer a uma só pessoa do EI que fuja" da região, acrescentou.

O decreto de Trump dá a Mnuchin o poder de "designar pessoas e entidades do governo da Turquia envolvidas em abusos aos direitos humanos ou ações que levem a uma maior deterioração da paz, a segurança e a estabilidade no nordeste da Síria", disse o Departamento do Tesouro em comunicado.

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