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Trump nega que interesses na Arábia Saudita influenciem sua postura

Após conversar por telefone com o rei da Arábia Saudita, Trump disse que o homicídio não aconteceu a mando do rei

Trump: o secretário de Estado americano e o rei saudita se reuniram para tratar do caso (Justin Sullivan/Getty Images)

Trump: o secretário de Estado americano e o rei saudita se reuniram para tratar do caso (Justin Sullivan/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 15h05.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se defendeu nesta terça-feira das acusações de passividade em relação à Arábia Saudita por conta de seus supostos vínculos empresariais com o país, após o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi na Turquia.

"Para que conste, não tenho interesses financeiros na Arábia Saudita (nem na Rússia, a propósito). Qualquer sugestão de que os tenho não são mais do que NOTÍCIAS FALSAS (das quais existem muitas)!", escreveu Trump sua conta pessoal do Twitter.

Com esta mensagem, o presidente americano responde às vozes que nos últimos dias interpretaram suas palavras como um voto de confiança ao rei saudita, Salman bin Abdulaziz, que segundo diversas informações pode estar por trás do suposto assassinato de Khashoggi no último dia 2, no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

Após conversar por telefone com o monarca ontem, Trump sugeriu que o homicídio pode ter sido cometido por assassinos que teriam agido por conta própria e não a mando do rei.

Washington enviou ontem o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Riad para se reunir com Abdulaziz para tentar obter informações sobre o caso.

Na semana passada, amigos de Khashoggi disseram ter certeza de que o jornalista foi assassinado no consulado, e que inclusive seu corpo foi cortado em pedaços e retirado da embaixada em malas, mas o governo turco não comentou oficialmente essas acusações e Riad as nega.

De acordo com o jornal "The Washington Post", a Turquia informou às autoridades americanas que dispunha de gravações de vídeo e áudio que demonstrariam que o jornalista foi assassinado no consulado.

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