Trump "não está surpreso" com vitória de Putin, diz Casa Branca
Trump disse que "parece" que Putin está por trás do ataque contra Skripal, e emitiu uma declaração conjunta de condenação junto a outros líderes
EFE
Publicado em 19 de março de 2018 às 16h49.
Washington - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , não se surpreendeu por seu homólogo da Rússia , Vladimir Putin , ter conseguido ontem a reeleição para um novo mandato de seis anos, afirmou nesta segunda-feira a Casa Branca.
"Não estamos surpresos pelo resultado" das eleições russas, disse um porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, em declarações a jornalistas a bordo do avião que levava Trump ao estado de New Hampshire.
O porta-voz não quis fazer mais comentários sobre a vitória de Putin e disse que, por enquanto, não há planos de programar uma conversa telefônica entre Trump e o presidente russo.
Putin foi reeleito para um quarto mandato de seis anos, em teoria o último, com uma arrasadora vitória na qual obteve mais de 76% dos votos, e que interpretou como um respaldo aos seus 18 anos de gestão e um cheque em branco para manter o mesmo rumo.
Isso inclui o desenvolvimento do novo arsenal nuclear russo, que supostamente neutralizaria a hegemonia militar dos Estados Unidos, embora Putin tenha assegurado hoje que dedicará seus principais esforços à política interna.
"Não permitiremos nenhuma corrida armamentista. Temos tudo o que necessitamos. Pelo contrário, nos dispomos a entabular relações com todos os países do mundo de tal forma que sejam construtivas", afirmou hoje Putin, ao receber seus rivais nas eleições presidenciais.
Apenas duas semanas depois de amedrontar o mundo com imagens do resultado de 10 anos de rearmamento, Putin antecipou que planeja "reduzir a despesa em Defesa neste ano e no próximo".
Sua vitória aconteceu durante uma nova escalada da tensão diplomática com Ocidente pelo envenenamento no Reino Unido do ex-espião Sergei Skripal, pelo qual o governo britânico acusa a Rússia.
Trump disse na semana passada que "parece" que Putin está por trás do ataque contra Skripal, e emitiu uma declaração conjunta de condenação junto à primeira ministra britânica, Theresa May; o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.