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Trump estaria insatisfeito com estratégia usada para derrubar Maduro

Segundo o jornal "The Washington Post", o presidente americano se queixou na semana passada que Bolton e outros assessores subestimaram o venezuelano

Donald Trump: presidente está insatisfeito, em particular, com a estratégia agressiva liderada pelo seu assessor de segurança nacional, John Bolton (Jim Young/Reuters)

Donald Trump: presidente está insatisfeito, em particular, com a estratégia agressiva liderada pelo seu assessor de segurança nacional, John Bolton (Jim Young/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de maio de 2019 às 06h11.

Última atualização em 9 de maio de 2019 às 06h12.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria frustrado pelos poucos avanços na estratégia para tirar do poder o mandatário da Venezuela, Nicolás Maduro, após reconhecer uma jovem figura da oposição como governante interino, segundo informou na quarta-feira o jornal "The Washington Post".

O diário, que cita como fontes funcionários do governo e assessores da Casa Branca que não foram identificados, afirmou que Trump está insatisfeito, em particular, com a estratégia agressiva liderada pelo seu assessor de segurança nacional, John Bolton.

De acordo com tais fontes, o presidente se sente enganado sobre como seria fácil substituir Maduro pelo presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido desde o início do ano por Trump como governante interino do país sul-americano, e também como uma política intervencionista contrária à sua postura de manter os EUA longe dos problemas dos outros.

Segundo as fontes do "Post", Trump se queixou na semana passada que Bolton e outros assessores subestimaram Maduro, a quem considera um "osso duro de roer", e não deveriam tê-lo feito acreditar que Guaidó conseguiria derrubá-lo com os protestos nas ruas e em frente aos quartéis dias atrás.

Um alto funcionário do governo, não identificado pelo jornal, disse que Trump comentou nos últimos dias que Bolton o quer colocar "em uma guerra", um comentário que já tinha feito anteriormente em tom de brincadeira, mas que agora parece esconder preocupações mais sérias.

No dia 30 de abril, Guaidó tentou um revolta - fracassada - contra Maduro e no qual o governo de Trump pressionou aos militares venezuelanos e importantes figuras do chavismo que o apoiassem.

Mais tarde, Washington afirmou que Maduro esteve a ponto de abandonar o poder e tomar um avião para Cuba, mas culpou a Rússia por tê-lo convencido a não fazê-lo.

Segundo os funcionários citados pelo jornal, o plano de Bolton de encorajar deserções no círculo mais próximo de Maduro para pressioná-lo funcionou, e assegura que o presidente venezuelano dorme em um bunker, paranoico que pessoas de confiança o traia.

Em um longo telefonema com o presidente russo, Vladimir Putin, foi dito a Trump que a política que Washington manteve na Venezuela consolidou Maduro no poder, segundo o jornal.

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