Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro
Bessent terá a missão de transformar promessas de campanha de Trump em políticas econômicas concretas
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 21h54.
Última atualização em 22 de novembro de 2024 às 21h56.
O presidente eleito norte-americano, Donald Trump, confirmou esta sexta-feira , 22, que o bilionário Scott Bessent, investidor e gestor de fundos, é a sua escolha para ocupar o cargo de secretário do Tesouro do seu futuro Governo.
"Scott é amplamente respeitado como um dos principais investidores internacionais e estrategistas geopolíticos e econômicos do mundo", disse o republicano.
Bessent, de 62 anos, foi um dos principais conselheiros econômicos de Trump durante a campanha e tem defendido medidas comoa redução de subsídios, a desregulamentação e o uso de tarifas sobre importações. Essas ações estão em sintonia com o plano econômico do presidente eleito, que combina cortes de impostos e estímulos à produção doméstica.
Formado em Yale, Bessent lecionou sobre fundos de hedge e crises financeiras, o que o coloca como uma escolha técnica para o cargo. Ele também desempenhou um papel importante na arrecadação de fundos para a campanha de Trump.
Embora seja um apoiador da agenda republicana, Bessent possui um histórico singular: ele foi o principal gestor de investimentos de George Soros, conhecido filantropo democrata e crítico da direita, antes de fundar sua própria gestora com o apoio de US$ 2 bilhões do ex-chefe.
Desafios no Tesouro
Se aprovado pelo Senado, Bessent terá a responsabilidade de transformar promessas de campanha de Trump em políticas concretas, comotarifas de até 50% sobre importações, eliminação de impostos sobre gorjetas e reformulação de benefícios fiscais. Além disso, ele enfrentaráo desafio de administrar uma dívida nacional próxima de US$ 36 trilhões, enquanto negocia cortes de impostos no Congresso.
No cenário internacional, Bessent liderará negociações econômicas com a China, além de supervisionar os programas de sanções econômicas dos EUA. A tensão comercial com parceiros estratégicos, como México e União Europeia, também pode ser uma prioridade em sua gestão.
*Com Agência EFE.