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Trump: empresários a favor?

Na teoria, esta sexta-feira é dia de Donald Trump estar entre os seus. O presidente americano se reúne com presidentes de grandes companhias como General Motors, Walt Disney, IBM, JPMorgan Chase e Tesla. O encontro esquentou antes mesmo de começar: na noite de ontem, o presidente da Uber, Travis Kalanick, deixou o conselho de empresários por […]

DONALD TRUMP: presidente americano em reunião com representantes da montadora Harley-Davidson, nesta quinta-feira / Jonathan Ernst/Reuters

DONALD TRUMP: presidente americano em reunião com representantes da montadora Harley-Davidson, nesta quinta-feira / Jonathan Ernst/Reuters

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 05h12.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.

Na teoria, esta sexta-feira é dia de Donald Trump estar entre os seus. O presidente americano se reúne com presidentes de grandes companhias como General Motors, Walt Disney, IBM, JPMorgan Chase e Tesla. O encontro esquentou antes mesmo de começar: na noite de ontem, o presidente da Uber, Travis Kalanick, deixou o conselho de empresários por causa do decreto de Trump contra imigrantes de países islâmicos. 

A política imigratória deve ser um dos principais temas do encontro. A política imigratória de Trump tem irritado de Wall Street ao Vale do Silício, e ele será cobrado a dar esclarecimentos sobre a decisão.

Desde que os Estados Unidos decidiram fechar suas portas a refugiados e imigrantes de sete países, os donos de multinacionais têm se mostrado preocupados. Os influentes Mark Zuckerberg, da rede social Facebook, e Lloyd Blankfein, do banco Goldman Sachs, são alguns dos que se manifestaram publicamente contra a medida.

Dezenas de corporações chegaram a publicar uma carta coletiva, alertando que a política “mina o respeito aos direitos humanos e às vidas dos trabalhadores e suas famílias e interrompe a atividade econômica e as operações das empresas”. Na cidade de São Francisco, por exemplo, berço das startups de tecnologia, metade da população é de etnias diversas e quase 40% dos habitantes são imigrantes.

Os empresários, que vão participar de uma conversa de duas horas, compõem o Fórum Estratégico e de Políticas da presidência, grupo de 19 líderes influentes que terão a missão de aconselhar a administração no direcionamento das medidas. Nesta sexta, além da questão da imigração, quatro tópicos serão discutidos: alívio regulatório, mulheres na força de trabalho, impostos e comércio internacional e infraestrutura.

A agenda é extensa e ambiciosa, já que uma das promessas do governo é conseguir criar 25 milhões de vagas de empregos e impulsionar o crescimento do PIB a uma média de 4% ao ano. Trump já avisou que quem não criar empregos nos Estados Unidos receberá punições fiscais. O encontro de hoje deve deixar mais claro se o grupo está lá para influenciar as políticas de governo, ou apenas para tentar mostrar à opinião pública que Trump não age como um lunático solitário. Nesta segunda hipótese, é certo que novos empresários sigam o caminho de Kalanick – a porta de saída. 

 

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