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Trump elogia Paquistão, apesar de tê-lo criticado anteriormente

"Você é um cara genial. Faz um trabalho extraordinário, é visível. Estou ansioso para conhecê-lo em breve", disse Trump ao primeiro-ministro paquistanês

Paquistão: Sharif, o primeiro-ministro do país, telefonou a Trump para felicitá-lo por sua vitória nas eleições de 8 de novembro (Foto/Getty Images)

Paquistão: Sharif, o primeiro-ministro do país, telefonou a Trump para felicitá-lo por sua vitória nas eleições de 8 de novembro (Foto/Getty Images)

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AFP

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 13h05.

Donald Trump elogiou por telefone o primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, um "cara genial", e considerou que seu país é "fantástico", apesar de tê-lo criticado anteriormente, informou Islamabad.

"Você é um cara genial. Faz um trabalho extraordinário, é visível. Estou ansioso para conhecê-lo em breve", disse Trump, segundo as declarações divulgadas em um comunicado do governo paquistanês.

"Ao falar com você, senhor primeiro-ministro, tenho a impressão de falar com alguém que conheço há muito tempo", acrescentou Trump.

"Os paquistaneses são um dos povos mais inteligentes", declarou o presidente eleito dos Estados Unidos, segundo o mesmo comunicado, publicado na madrugada desta quinta-feira.

Sharif telefonou a Trump para felicitá-lo por sua vitória nas eleições de 8 de novembro.

O primeiro-ministro paquistanês convidou o presidente eleito a visitar o Paquistão e Trump respondeu que "ficará encantado em visitar este país fantástico, um lugar fantástico onde vive gente fantástica".

Se a visita for concretizada, Trump será o primeiro presidente americano a viajar ao Paquistão desde a visita de George W. Bush durante a ditadura de Perverz Musharraf, em 2006.

Trump também ofereceu sua colaboração para ajudar a resolver os problemas do Paquistão, segundo o governo.

Você "tem uma boa reputação", disse Trump a Sharif que, junto com seus filhos, pode ser investigado por corrupção.

O gabinete de Trump confirmou a conversa telefônica, mas divulgou um conteúdo mais sóbrio, afirmando que os dois homens tiveram "uma conversa fértil sobre a forma de garantir o futuro entre Estados Unidos e Paquistão".

O conteúdo da conversa informado por Islamabad provocou choque entre a imprensa e as redes sociais paquistanesas, cujos internautas lembraram a retórica anti-islã do presidente eleito e suas declarações anteriores sobre o Paquistão, muito críticas.

No dia 17 de janeiro de 2012, Trump tuitou: "Que fique claro: o Paquistão não é nosso amigo. Demos a eles bilhões de dólares e o que recebemos em troca? Traição, falta de respeito e coisas piores. #ÉHoraDeSerFirme".

O Paquistão também está preocupado com a afinidade que Trump demonstrou com seu país vizinho e rival histórico, Índia, depois de ter se reunido com seu primeiro-ministro, Narendra Modi, no mês passado.

Trump havia cortejado o voto de origem indiana durante a campanha presidencial e desde sua eleição recebeu empresários indianos.

O Paquistão é muito dependente do apoio dos Estados Unidos, que preveem para o ano fiscal de 2017 uma ajuda econômica e militar de 1 bilhão de dólares.

Após a eleição de Trump, os paquistaneses se perguntam sobre as consequências desta ajuda e sobre as relações diplomáticas entre os dois países.

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