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Trump e Netanyahu: a busca pelo poder eterno

ÀS SETE - O primeiro ministro israelense, busca nos EUA o apoio necessário para encarar a crise que enfrenta, após as acusações de corrupção contra ele

Netanyahu: ele é acusado de corrupção e fraude por ter cedido contratos lucrativos a grandes barões de mídia em troca de cobertura favorável na imprensa
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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2018 às 06h36.

Última atualização em 5 de março de 2018 às 07h24.

O primeiro ministro israelense, Binyamin Netanyahu, chega hoje aos Estados Unidos , onde tem no presidente americano Donald Trump um de seus principais aliados para encarar a crise atual.

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Ao mesmo tempo revigorado com a proposta americana de mudança da Embaixada para Jerusalém e ameaçado por denúncias de corrupção, Netanyahu deve discursas para o maior grupo americano pró-Israel e participará de discussões sobre a relação dos dois parceiros, Israel e Estados Unidos, com nações conflitantes, como Palestina, Irã, Síria e Coreia do Norte.

Pode ser a chance de Netanyahu mostrar em casa, onde a nação cogita tirá-lo do poder, que ele é indispensável para a agenda internacional de Israel.

Ele é acusado de corrupção e fraude por ter cedido contratos lucrativos a grandes barões de mídia em troca de cobertura favorável na imprensa e também de ter subornado juízes em um caso que envolvia sua esposa, Sara.

Na sexta-feira, os dois prestaram depoimento à polícia antes de o primeiro ministro embarcar para Washington. Netanyahu afirmou que não há razão para adiantar as eleições no país, um pedido de membros de sua base aliada.

“Não tem razão pra isso e com boa vontade não vai acontecer. Eu tenho boa vontade e espero que meus parceiros de coalizão tenham também. Se trabalharmos juntos este governo pode terminar seu termo em 2019”, disse.

Trump, que deve receber agradecimentos entusiastas de Netanyahu pela postura na mudança diplomática da Embaixada, tem seus próprios problemas em casa.

Apesar de não estar sendo diretamente acusado, como Netanyahu, enfrenta uma investigação do FBI sobre a interferência russa nas eleições de 2016. Assim como Netanyahu, Trump classificou investigações e acusações da imprensa como “caça às bruxas” e tentou desacreditar os envolvidos.

No último final de semana, em um almoço com doadores de campanha em seu hotel de Mar-a-Lago, na Flórida, ele mostrou descontentamento com o fato de que suas ações na campanha de 2016 estão sob escrutínio e as da concorrente Hillary Clinton, não.

Ele chegou até mesmo a elogiar as mudanças que o presidente chinês Xi Jinping fez no sistema do país para que pudesse continuar como presidente por mais mandatos, dizendo que os Estados Unidos “deveriam dar uma chance” a esse tipo de política.

Ficar no poder por mais algum tempo é mais um tema que o une a Netanyahu, já que o israelense comanda o país desde 2009, mas foi escolhido pela primeira vez para o cargo em 1996.

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