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Trump e Hillary despontam como favoritos nas primárias

Restando pouco mais de seis meses para o pleito de 8 de novembro que escolherá o sucessor de Barack Obama, segue firma a batalha pelas indicações presidenciais.


	Donald Trump: ele e Hillary se reafirmaram no último dia 19 como os grandes favoritos
 (Carlos Barria / Reuters)

Donald Trump: ele e Hillary se reafirmaram no último dia 19 como os grandes favoritos (Carlos Barria / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2016 às 15h35.

Washington - O republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton, à frente de seus partidos na corrida pela candidatura à presidência dos EUA, encaram na terça-feira cinco eleições primárias cruciais com as pesquisas muito a favor.

Restando pouco mais de seis meses para o pleito de 8 de novembro que escolherá o sucessor do democrata Barack Obama na Casa Branca, segue firma a batalha pelas indicações presidenciais.

No entanto, Trump e Hillary se reafirmaram no último dia 19 como os grandes favoritos após as contundentes vitórias nas votações primárias de Nova York, onde ambos usaram seus discursos triunfalistas para se apresentar como os indicados inevitáveis.

"Já não resta muita corrida. Vamos chegar à convenção, acredito, como ganhadores", disse o polêmico magnata em sua cidade natal, em alusão à Convenção Nacional Republicana que será realizada em julho em Cleveland (Ohio) para designar o candidato presidencial.

Já a ex-secretária de Estado, que representou Nova York como senadora no passado, declarou que "a corrida pela indicação democrata está na reta final e a vitória está próxima".

Com esse otimismo, Trump e Hillary encaram as eleições primárias que na próxima terça-feira serão realizadas nos estados da Pensilvânia, Maryland, Rhode Island, Delaware e Connecticut.

Tudo aponta que o empresário, que lidera a disputa republicana com um discurso xenófobo e ultranacionalista, e a ex-primeira-dama, que advoga em geral por continuar com as políticas de Obama, vencerão seus rivais na corrida eleitoral.

No entanto, é preciso ver se Trump e Hillary conseguem o número de delegados necessários para alcançar a indicação e evitar que as convenções nacionais de ambos partidos sejam disputadas.

O cômputo dos delegados na temporada de eleições primárias nos EUA é vital, pois eles designarão o candidato à presidência nas convenções nacionais de julho, e nesse terreno a matemática sorri mais para Hillary do que para Trump.

Por enquanto, o magnata acumula 845 delegados, à frente do senador pelo Texas Ted Cruz (559) e do governador de Ohio, John Kasich (148), apesar de necessitar de 1.237 para assegurar a candidatura.

No lado democrata, a ex-secretária de Estado tem 1.941 delegados e o senador por Vermont Bernie Sanders 1.191, incluídos os "superdelegados" (cargos orgânicos ou eleitos do partido que elegem seu candidato sem levar em conta a decisão dos eleitores), mas são ncessários 2.383 para conseguir a indicação.

Nas votações da próximo terça-feira, o maior prêmio da noite eleitoral será a Pensilvânia, estado que reparte o maior número de delegados (210 democratas e 71 republicanos).

Segundo uma pesquisa publicada hoje pela emissora "NBC" News e pelo jornal "The Wall Street Journal", Trump e Hillary despontam como claros vencedores na Pensilvânia com um apoio de 45% e 55%, respectivamente.

Na pesquisa, feito de 18 o 20 de abril com 734 eleitores democratas (margem de erro de 3,6%) e 571 republicanos (margem de erro de 4,1 ), Cruz (27%), Kasich (24%) e Sanders (40%) aparecem muito atrás.

Os estudos demoscópicos divulgados até o momento nos outros quatros estados em disputa na terça-feira indicam também cômodas vitórias para o magnata imobiliário e a ex-secretária de Estado.

"Estarei em Maryland nesta tarde em um grande comício. As coisas parecem bem para terça-feira", afirmou hoje o empresário em sua conta no Twitter.

Nos últimos dias, Trump adotou um tom mais moderado ao para com seus frequentes insultos, como deixou entrever ao ganhar as eleições primárias em Nova York, onde falou do "senador Cruz" e não de "Ted o mentiroso", como costuma chamar seu adversário.

Segundo os comentaristas políticos, essa versão mais suave e disciplinada do magnata é obra de seus novos assessores políticos, como o chefe de campanha Paul Manafort, e procura limar asperezas com parte do Partido Republicano, que desconfia do empresário.

Hillary também se sente forte para terça-feira e seu chefe de campanha, John Podesta, antecipou hoje que esse dia pode ser "realmente bom" para a candidata que quer se tornar a primeira mulher que conquista a presidência dos EUA.

Segundo o jornal "The New York Times", Hillary começou a recopilar uma lista de nomes para selecionar seu candidato à vice-presidência do país.

"Só estou trabalhando duro para ganhar na terça-feira", afirmou neste sábado a ex-secretária de Estado ao ser questionada pela lista.

Entre os nomes citados pelo jornal figura o secretário de Trabalho dos EUA, Thomas Pérez, de origem dominicana e quemjá apoiou em dezembro a corrida presidencial de Hillary.

Em declarações à Agência Efe feitas hoje desde Maryland, onde faz campanha pela candidata democrata, Pérez qualificou a informação do jornal de "rumores".

"Eu não sei nada sobre isto. Não entendo como ocorrem estes rumores", disse o secretário de Trabalho, ao ressaltar que dedica "24 horas por dia os sete dias da semana" a sua responsabilidade no governo e que ajuda Hillary em sua "capacidade pessoal".

"A coisa mais importante -acrescentou Pérez em espanhol- é a eleição de Hillary em novembro".

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