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Trump é acusado de assédio sexual por funcionária de campanha

Denunciante afirma que magnata a agarrou pelas mãos e forçou um beijo; Trump já foi acusado de abuso sexual por 16 mulheres

Trump: Porta voz da Casa Branca nega as acusações contra o presidente norte-americano (Alex Wong / Equipa/Getty Images)

Trump: Porta voz da Casa Branca nega as acusações contra o presidente norte-americano (Alex Wong / Equipa/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 16h07.

Miami - Uma funcionária da campanha eleitoral que elegeu Donald Trump como presidente dos Estados Unidos apresentou nesta segunda-feira uma ação por assédio sexual contra ele e o denunciou por beijá-la sem consentimento minutos antes de um comício do empresário republicano na Flórida, em 2016.

A denunciante, Alva Jonhson, afirmou no processo apresentado hoje em um tribunal do distrito da Flórida que o presidente a agarrou pelas mãos e se aproximou de seu rosto. Ela tentou fugir e virar o rosto, mas não conseguiu evitar o beijo forçado de Trump.

Johnson alegou que o assédio ocorreu na frente outros funcionários da campanha, pouco antes de um comício de campanha na cidade de Tampa, no dia 24 de agosto de 2016, menos de três meses antes de Trump vencer as eleições presidenciais dos EUA.

Em comunicado enviado ao jornal "The Washington Post", a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, classificou as acusações como "absurdas" e afirmou que as testemunhas negaram a denúncia.

Uma delas, Pam Bondi, ex-promotora-geral da Flórida e citada como testemunha no processo, negou ao "Post" ter visto o beijo.

Johnson, que começou a trabalhar na campanha presidencial no Alabama e depois continuou integrando a equipe em outros comícios pelo país, considerou que o comportamento de Trump "violou as normas de decência e de privacidade". "Para ele eu era mais um objeto sexual que para dominar e humilhar", afirmou a suposta vítima.

Só depois da divulgação de um vídeo no qual Trump falava que beijava e apalpava mulheres sem consentimento, faltando menos de um mês para as eleições presidenciais, Johnson deixou o trabalho com a equipe republicana e foi buscar ajuda legal.

"Johnson começou a sentir pânico, como se não pudesse respirar, quando se deu conta do que Trump tinha feito não era um incidente isolado, mas parte de um padrão de um comportamento predador em relação às mulheres", diz o processo apresentado hoje.

A ex-funcionária afirmou que esses comportamentos fazem com que as vítimas desse tipo de assédio tenham medo, vergonha culpa e sintam-se impotentes. Ela ainda alegou que a experiência se torna ainda mais "aterrorizante" quando o "predador" se torna um dos homens mais poderosos do mundo.

Ao menos 16 mulheres acusaram Trump nos últimos anos por assédio ou abuso sexual. O presidente negou as acusações, mas nenhuma delas tinha entrado na Justiça contra ele desde janeiro de 2017.

Trump só enfrenta na Justiça um processo por difamação apresentado por Summer Zervos, que participou da quinta temporada do programa "The Apprentice" (O Aprendiz), apresentado por Trump, que alega que o agora presidente abusou sexualmente dela.

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