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Trump diz que Irã deveria estar "agradecido" por acordo nuclear

Ele classificou como "terrível" o acordo firmado entre a República Islâmica e o Grupo 5+1 em 2015

Donald Trump: no último domingo, o Irã realizou um teste que gerou reações internacionais (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: no último domingo, o Irã realizou um teste que gerou reações internacionais (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 11h49.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que o Irã deveria estar "agradecido" pelo acordo nuclear "terrível" assinado em 2015 e lembrou que o país foi colocado em regime de "sobreaviso" após ter realizado recentemente um teste de míssil balístico de médio alcance.

"O Irã foi formalmente colocado em sobreaviso por disparar um míssil balístico. Deveriam estar agradecidos pelo terrível acordo que os EUA fizeram com eles", disse Trump no Twitter, citando o pacto firmado entre a República Islâmica e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França, mais Alemanha) em 2015.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Flynn, antecipou que o governo Trump alertou o Irã que o teste e o ataque contra um navio saudita por parte de seus aliados iemenitas são passos equivocados que minam a segurança do Oriente Médio.

Em outra mensagem divulgada no Twitter, Trump disse que o Irã estava "pronto para colapsar" quando os EUA ofereceram um resgate de US$150 bilhões, através do acordo.

No último domingo, o Irã realizou um teste com um míssil de médio alcance que explodiu depois de percorrer cerca de mil quilômetros. Na segunda-feira, os houthis, rebeldes iemenitas apoiados pelo Irã, bombardearam com sucesso uma fragata saudita no Mar Vermelho.

Flynn disse hoje que o Irã segue "ameaçando amigos dos EUA e seus aliados na região" e lembrou que o governo Trump considera o acordo nuclear, firmado por Barack Obama, como "frágil e não efetivo".

Ontem, depois de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Halley, disse que o teste balístico é "absolutamente inaceitável" e prometeu que o país atuará em uma resposta.

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