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Trump diz que buscará uma solução para jovens imigrantes ilegais

O magnata comentou que os "dreamers" foram trazidos ao país "com pouca idade", que alguns foram bons estudantes e outros têm "trabalhos estupendos"

Trump: na mesma entrevista, Trump repetiu que construirá um muro na zona de fronteira com o México (Carlo Allegri/Reuters Brazil)

Trump: na mesma entrevista, Trump repetiu que construirá um muro na zona de fronteira com o México (Carlo Allegri/Reuters Brazil)

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EFE

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 17h06.

Nova York - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que durante seu mandato buscará uma solução para os milhares de jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país ainda crianças, conhecidos como "dreamers" (sonhadores).

"De um ponto de vista humanitário, é uma situação muito difícil, mas vamos trabalhar em algo para fazer com que as pessoas estejam felizes e orgulhosas", disse Trump em entrevista à revista "Time", pela qual foi eleito a pessoa do ano.

O magnata comentou que os "dreamers" foram trazidos ao país "com muito pouca idade", destacou que alguns foram bons estudantes e outros atualmente têm "trabalhos estupendos", mas admitiu que agora "estão em um limbo porque não sabem o que vai acontecer".

Essas novas declarações contrastam com os discursos feitos pelo republicano durante a campanha eleitoral, na qual Trump prometeu diversas vezes que se ganhasse as eleições acabaria com todos os decretos em matéria migratória promulgados pelo presidente Barack Obama.

Entre esses decretos figura o plano de Ação Diferida (Daca) de 2012, que buscava entre outras coisas frear a deportação dos "dreamers", que segundo dados recentemente divulgados pelas autoridades chegam a mais de 750 mil pessoas.

O plano Daca permitiu que os jovens imigrantes ilegais tivessem acesso a uma licença de trabalho temporária e a uma carteira de motorista, e impediu em muitos casos ordens de deportação, entre outros alívios migratórios.

Na mesma entrevista, Trump repetiu que construirá um muro na zona de fronteira com o México, mas imediatamente admitiu que será preciso continuar a entrar gente no país pela fronteira "porque são necessários trabalhadores".

"Devemos deixar que as pessoas venham ao nosso país porque isso é bom para todos. É bom para eles, mas também para nós. Vamos ter fronteiras mais seguras, mas não vamos permitir que venham ilegais", acrescentou o presidente eleito.

As medidas promulgadas por Obama fizeram com que milhares de jovens imigrantes ilegais saíssem "das sombras" e se incluíssem de maneira voluntária em uma lista do governo na qual estão recolhidas suas impressões digitais e os respectivos endereços.

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