Agência de notícias
Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 07h57.
Última atualização em 2 de dezembro de 2024 às 07h59.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a decisão do atual mandatário, Joe Biden, de emitir um indulto presidencial para o próprio filho Hunter Biden, condenado em um processo federal por mentir sobre o uso de drogas para comprar uma arma e processado por evasão fiscal — acusação sobre a qual se declarou culpado. O republicano classificou a medida como um "abuso" e comparou a situação com a de seus apoiadores presos após a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Chamou-os de "reféns", em meio à expectativa de que recebam do futuro chefe da Casa Branca um perdão semelhante pelos crimes.
"O perdão dado por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, que estão presos há anos? Que abuso e erro judiciário!", postou o presidente eleito, na plataforma Truth Social.
Anunciado neste domingo, o indulto de Biden funciona como um perdão total e incondicional aos atos praticados pelo filho entre 1º de janeiro de 2014 e 1º de dezembro de 2024.
Prestes a deixar a Casa Branca após desistir de concorrer à reeleição e ver Kamala Harris ser derrotada por Donald Trump nas urnas no mês passado, Biden utilizou o poder do cargo em benefício do próprio filho. Em um comunicado divulgado pela equipe do presidente, ele argumenta que Hunter teria sido condenado em um julgamento politicamente motivado, o que justificaria a clemência concedida.
"Nenhuma pessoa razoável que analise os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer outra conclusão além de que ele foi alvo apenas porque é meu filho — e isso está errado", disse o presidente em um comunicado, chamando a condenação do filho de "desvio judicial".