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Trump ataca juiz que estendeu ordem de silêncio durante julgamento em Nova York

Nesta segunda, o magistrado aplicou a proibição ao ex-presidente de atacar publicamente testemunhas, jurados ou funcionários da corte

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 2 de abril de 2024 às 16h56.

Última atualização em 2 de abril de 2024 às 17h01.

Donald Trump chamou de "corrupto", nesta terça-feira, 2, o juiz que aumentou a ordem de silêncio para evitar ataques contra a família do magistrado. Juan Merchan é responsável por presidir o primeiro dos vários julgamentos criminais que o ex-presidente enfrenta.

"Acabei de ser informado de que outro juiz corrupto de Nova York, Juan Merchan, me SILENCIOU para que eu não possa falar sobre a corrupção e os conflitos que ocorrem em seu tribunal", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.

"Eles podem falar sobre mim, mas eu não posso falar sobre eles? Isso parece justo, não parece?", acrescentou o ex-presidente: "INTERFERÊNCIA ELEITORAL do pior tipo!"

Na segunda-feira, 1º, o juiz estendeu a proibição já imposta a Trump, de atacar publicamente testemunhas, jurados, ou funcionários da corte, alegando que os membros de sua família ou do promotor de Manhattan, Alvin Bragg, também deveriam ser protegidos de ataques.

A ordem chega depois de Trump agredir o juiz e sua filha em uma série de publicações na Truth Social.

Merchan disse na ordem, segunda-feira, que o "padrão de Trump de atacar membros da família de juristas e advogados designados para seus casos não serve a nenhum propósito legítimo (...) isso só amedronta os envolvidos no processo", disse.

Trump enfrenta acusações de falsificar registros comerciais para acobertar pagamentos que seu advogado, Michael Cohen, fez à ex-atriz pornô Stormy Daniels na véspera das eleições de 2016, para se assegurar de que um encontro sexual entre os dois não viesse à tona.

O caso começa em 15 de abril e marca o início do primeiro julgamento criminal da história contra um ex-presidente.

Questionado por jornalistas se aceitará testemunhar, Trump disse que "não terá problema em testemunhar".

Atualmente, o ex-presidente possui quatro denúncias criminais e enfrenta 88 acusações por uma ampla variedade de supostos crimes.

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