Trump: "Exigimos um compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda do BRICS nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano"
Editora de Finanças
Publicado em 30 de novembro de 2024 às 19h52.
Neste sábado, 30, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração em sua rede social, Truth, afirmando que os países do BRICS, grupo de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, devem manter o compromisso com o dólar nas suas transações comerciais. Caso contrário, Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre os produtos do bloco, dificultando sua entrada no mercado americano.
A declaração foi uma reação direta às discussões recentes sobre a desdolarização do comércio no BRICS e a possível criação de uma moeda alternativa para substituir o dólar nas transações internacionais.
“A ideia de que os países do BRICS estão tentando se afastar do dólar enquanto nós ficamos parados observando ACABOU. Exigimos um compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda do BRICS nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, caso contrário, enfrentarão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia americana.”
O Brics, grupo que inclui economias de peso mundial, já discutiu a desdolarização do comércio em encontros passados. A desdolarização ganhou relevância nos últimos anos, especialmente após 2022, quando os Estados Unidos impuseram sanções econômicas à Rússia como parte de uma estratégia para isolar o país em meio ao conflito com a Ucrânia. [A discussão sobre alternativas ao dólar] se intensificou desde então, com diversos países do bloco manifestando interesse em explorar novas opções financeiras.
Além das ameaças relacionadas ao BRICS, Trump também tem feito declarações fortes em relação à China e ao México. O presidente eleito já indicou que, caso as tensões não sejam resolvidas, ele poderá aumentar as tarifas de importação sobre os produtos chineses em 65%.
Com relação ao México e ao Canadá, as tarifas poderiam chegar a 25% se esses países não fizerem mais para conter o fluxo de drogas ilegais e migrantes sem documentos através das fronteiras dos EUA.