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Trump afirma que não pedirá perdão por comentários sobre muçulmanos

Em comentários no Twitter durante a campanha para as eleições de 2016, presidente prometeu "bloqueio completo e total" à entrada de muçulmanos nos EUA

Donald Trump: "Somos uma nação de leis, temos que ter fronteiras. Se não temos fronteiras, não temos país" (Reuters/Reuters)

Donald Trump: "Somos uma nação de leis, temos que ter fronteiras. Se não temos fronteiras, não temos país" (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de abril de 2018 às 20h04.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que não tem "razões para pedir perdão" por seus polêmicos comentários de 2016 sobre muçulmanos e refugiados, nem sequer com o objetivo de salvar seu polêmico veto migratório, e reiterou seu desejo de mudar as "patéticas" leis migratórias do seu país.

"Não há razões para pedir perdão. Nossas leis migratórias neste país são um desastre. No mundo todo riem da nossa estupidez", afirmou Trump durante uma entrevista coletiva na Casa Branca junto ao presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari.

Trump se posicionou assim ao ser perguntado sobre a audiência que aconteceu na semana passada na Suprema Corte dos EUA sobre a legitimidade da terceira versão do seu veto, que atualmente dificulta a entrada de cidadãos de sete países (Irã, Líbia, Somália, Síria, Iêmen, Venezuela e Coreia do Norte).

Durante a audiência, o advogado do governo, Noel Francisco, pediu aos juízes que não levassem em conta os comentários de Trump no Twitter e durante a campanha para as eleições de 2016, quando prometeu um "bloqueio completo e total" à entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.

"O meu ponto final é que, se o presidente dissesse amanhã que sente muito, tudo isto se desvaneceria. O presidente deixou claro que não tinha intenção de impor um bloqueio contra os muçulmanos", disse o advogado do governo.

Trump também recebeu perguntas sobre a caravana de imigrantes centro-americanos que percorreu o México durante semanas e que, agora, com um número muito menor de membros (200 dos 1.500 que iniciaram a viagem) tentam pedir asilo na passagem fronteiriça de San Ysidro, na cidade californiana de San Diego.

O presidente americano evitou referir-se especificamente à caravana, mas reiterou seus pedidos para que o Congresso outorgue fundos para construir um muro na fronteira com o México.

"Somos uma nação de leis, temos que ter fronteiras. Se não temos fronteiras, não temos país. Estive observando durante semanas enquanto vinha a caravana. As leis do México são muito duras com a imigração, extremamente duras", comentou.

Por fim, Trump reforçou que o Congresso deve reformar "rapidamente" as leis migratórias dos EUA, porque estas são "as piores" do mundo, além de "obsoletas, frágeis e patéticas".

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