Troy Davis é executado nos EUA
A justiça americana rejeitou pedido de suspensão da sentença, apesar dos protestos internacionais a respeito do caso
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2011 às 10h35.
Jackson - O americano Troy Davis foi executado na noite de quarta-feira por injeção letal, informou a penitenciária de Jackson, no estado americano da Geórgia, apesar dos protestos internacionais a respeito do caso, a respeito do qual existiam sérias dúvidas sobre a culpa do réu no assassinato de um policial em 1989.
A execução ocorreu às 23h08 local (00h08 Brasília de quinta), pouco tempo depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar um pedido de suspensão da sentença.
Durante o dia, os advogados de Davis esgotaram todas as possibilidades legais no estado da Geórgia, em diversas instâncias, na tentativa de evitar sua morte.
A execução estava prevista inicialmente para as 19H00 locais, mas foi adiada para aguardar a decisão do Supremo.
Segundo testemunhas. Davis reiterou ser inocente em suas últimas palavras.
"A briga na qual o policial morreu não foi minha culpa, eu não tinha arma", declarou, de acordo com um jornalista que estava presente no momento em que Davis recebeu a injeção letal.
A execução foi assistida pela viúva do policial e os dois filhos da vítima.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se recusou a intervir para impedir a execução de Troy Davis, estimando que o caso cabia ao Estado da Geórgia e não ao poder federal.
"Obama tem trabalhado para garantir eficiência e justiça no sistema judiciário, especialmente nos casos de pena capital, mas não é apropriado que o presidente dos Estados Unidos se envolva em casos específicos como este, que são da justiça estadual", informou seu porta-voz Jay Carney.
Executado após passar 20 anos no corredor da morte, Davis foi condenado à pena capital pelo assassinato do policial branco Mark MacPhail, ao final de um processo repleto de vícios judiciais, que revelaram dúvidas sólidas sobre sua inocência.
Durante o processo, nove testemunhas do assassinato cometido em 1989 indicaram Troy Davis como o autor do tiro, mas a arma do crime nunca foi encontrada e nenhuma prova digital ou traço de DNA, revelado. Depois, sete testemunhas se retrataram, mas isso não foi suficiente para convencer a justiça a rever seu veredicto.
Apresentado por seus defensores como o exemplo do negro condenado injustamente, Troy Davis recebeu o apoio de personalidades como o ex-presidente americano Jimmy Carter, o papa Bento XVI e a atriz Susan Sarandon, além de centenas de manifestações pedindo seu indulto, por todo o mundo.
"É um escândalo, não se deve executar alguém sem provas e com base apenas em evidência visual", disse à AFP o reverendo Al Sharpton, ativista dos direitos civis que estava ao lado dos manifestantes do lado de fora da penitenciária.
O caso levou os governos da França, Alemanha e do Vaticano a pedir a comutação da pena de Davis.
Um editorial do jornal The New York Times advertiu que a execução poderia "cometer um erro judicial trágico".
Jackson - O americano Troy Davis foi executado na noite de quarta-feira por injeção letal, informou a penitenciária de Jackson, no estado americano da Geórgia, apesar dos protestos internacionais a respeito do caso, a respeito do qual existiam sérias dúvidas sobre a culpa do réu no assassinato de um policial em 1989.
A execução ocorreu às 23h08 local (00h08 Brasília de quinta), pouco tempo depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar um pedido de suspensão da sentença.
Durante o dia, os advogados de Davis esgotaram todas as possibilidades legais no estado da Geórgia, em diversas instâncias, na tentativa de evitar sua morte.
A execução estava prevista inicialmente para as 19H00 locais, mas foi adiada para aguardar a decisão do Supremo.
Segundo testemunhas. Davis reiterou ser inocente em suas últimas palavras.
"A briga na qual o policial morreu não foi minha culpa, eu não tinha arma", declarou, de acordo com um jornalista que estava presente no momento em que Davis recebeu a injeção letal.
A execução foi assistida pela viúva do policial e os dois filhos da vítima.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se recusou a intervir para impedir a execução de Troy Davis, estimando que o caso cabia ao Estado da Geórgia e não ao poder federal.
"Obama tem trabalhado para garantir eficiência e justiça no sistema judiciário, especialmente nos casos de pena capital, mas não é apropriado que o presidente dos Estados Unidos se envolva em casos específicos como este, que são da justiça estadual", informou seu porta-voz Jay Carney.
Executado após passar 20 anos no corredor da morte, Davis foi condenado à pena capital pelo assassinato do policial branco Mark MacPhail, ao final de um processo repleto de vícios judiciais, que revelaram dúvidas sólidas sobre sua inocência.
Durante o processo, nove testemunhas do assassinato cometido em 1989 indicaram Troy Davis como o autor do tiro, mas a arma do crime nunca foi encontrada e nenhuma prova digital ou traço de DNA, revelado. Depois, sete testemunhas se retrataram, mas isso não foi suficiente para convencer a justiça a rever seu veredicto.
Apresentado por seus defensores como o exemplo do negro condenado injustamente, Troy Davis recebeu o apoio de personalidades como o ex-presidente americano Jimmy Carter, o papa Bento XVI e a atriz Susan Sarandon, além de centenas de manifestações pedindo seu indulto, por todo o mundo.
"É um escândalo, não se deve executar alguém sem provas e com base apenas em evidência visual", disse à AFP o reverendo Al Sharpton, ativista dos direitos civis que estava ao lado dos manifestantes do lado de fora da penitenciária.
O caso levou os governos da França, Alemanha e do Vaticano a pedir a comutação da pena de Davis.
Um editorial do jornal The New York Times advertiu que a execução poderia "cometer um erro judicial trágico".