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Trinta vítimas processam Estado francês por ataques de 13 de novembro

Diversas vítimas ou parentes dos afetados nos atentados jihadistas de 13 de novembro de 2015 em Paris denunciaram nesta quarta-feira o Estado francês

Processo: o recurso no Tribunal Administrativo de Paris questiona especialmente a decisão de não ordenar a intervenção dos militares da Força Sentinelle na sala de concertos Bataclan (Charles Platiau/Reuters)

Processo: o recurso no Tribunal Administrativo de Paris questiona especialmente a decisão de não ordenar a intervenção dos militares da Força Sentinelle na sala de concertos Bataclan (Charles Platiau/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de julho de 2018 às 11h31.

Última atualização em 4 de julho de 2018 às 11h35.

Paris - Diversas vítimas ou parentes dos afetados nos atentados jihadistas de 13 de novembro de 2015 em Paris denunciaram nesta quarta-feira o Estado pela suposta responsabilidade nesses ataques, ao considerar que houve erros na gestão dos mesmos.

A maior parte dos denunciantes é representada pela advogada Samia Maktouf, que indicou em declarações à emissora "BFM TV" que seus clientes "pedem respostas ao poder público" e "buscam a verdade".

O recurso no Tribunal Administrativo de Paris questiona especialmente a decisão de não ordenar a intervenção dos militares da Força Sentinelle na sala de concertos Bataclan.

Além disso, questiona a vigilância à qual tinham sido submetidos os terroristas, alguns já fichados e sob controle judicial.

O caso mais eloquente, segundo lembrou hoje a emissora "France Info", é o de Samy Amimour, um dos três terroristas suicidas que explodiu um colete que levava junto ao corpo dentro do Bataclan, que tinham passaporte retido e estava proibido de sair do território nacional.

Os litigantes pedem uma compensação de cerca de 20 mil euro cada um.

O recurso é similar ao apresentado pela família do militar Abel Chennouf, assassinado em 15 de março de 2012 perto de Toulouse pelo jihadista Mohammed Merah, que estava fichado dos serviços secretos.

Embora o Tribunal Administrativo de Nîmes, de primeira instância, tenha reconhecido em julho de 2016 a responsabilidade do Estado por não ter feito todo o possível para evitar o ataque, em abril de 2017 a Corte de Apelação de Marselha o desculpou ao considerar que não cometeu nenhuma "falta grave suscetível para ser visto como responsável".

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