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Tribunal multa Mubarak por cortar comunicações durante protestos

Foi a primeira decisão de uma corte contra Mubarak desde que ele foi derrubado, em 11 de fevereiro

Mubarak foi deposto após 18 dias de protestos contra seu regime (Franco Origlia/Getty Images)

Mubarak foi deposto após 18 dias de protestos contra seu regime (Franco Origlia/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h41.

Cairo - Um tribunal egípcio multou neste sábado o ex-presidente Hosni Mubarak e dois ex-ministros em 540 milhões de libras egípcias (90,64 milhões de dólares) por eles terem cortado os serviços telefônico e de internet durante os protestos de janeiro, informou uma fonte judicial.

Foi a primeira decisão de uma corte contra Mubarak desde que ele foi derrubado, em 11 de fevereiro. O ex-presidente tem, contudo, acusações mais graves contra ele, como ter ordenado matar manifestantes, uma acusação que pode resultar até em pena de morte.

Uma fonte judicial afirmou que a corte administrativa multou Mubarak em 200 milhões de libras egípcias, o ex-primeiro-ministro Ahmed Nazif em 40 milhões de libras e o ex-ministro do Interior Habib el-Adly em 300 milhões de libras.

O tribunal decidiu que Mubarak, Nazif e Adly eram culpados por "causar danos à economia nacional," e as multas serão pagas ao Tesouro do país, disse a fonte.

Pelo menos 800 pessoas morreram durante os 18 dias de protestos que derrubaram Mubarak, e mais de 6.000 ficaram feridas por munição real, balas de borracha, canhões de água e cassetetes.

A operadora de telecomunicações Vodafone disse em janeiro que ela e outras empresas não tinham opção a não ser seguir a ordem das autoridades de suspender serviços em regiões selecionadas durante o auge das manifestações contra o governo.

Em fevereiro, a Vodafone também acusou as autoridades de usar sua rede para enviar mensagens de texto favoráveis ao governo para os clientes.

Mubarak, que está preso em um hospital no resort de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, foi obrigado na terça-feira a enfrentar um tribunal devido à morte dos manifestantes.

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