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Tribunal Eleitoral de Honduras anuncia vitória de Hernández

O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de Honduras anunciou a vitória do candidato governista, Juan Orlando Hernández, na eleição presidencial

Juan Orlando Hernández, eleito presidente de Honduras: com 81,54% das urnas apuradas, Hernández lidera com 35,88% dos votos (Orlando Sierra/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 07h41.

Tegucigalpa - O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de Honduras , David Matamoros, anunciou na quarta-feira à noite a vitória do candidato governista, Juan Orlando Hernández, na eleição presidencial.

"Os números que divulgamos hoje indicam claramente que o vencedor das eleições gerais é Juan Orlando Hernández", declarou Matamoros.

"Nos próximos dias emitiremos a declaração oficial, ao fim da apuração de todas as urnas", completou.

Com 81,54% das urnas apuradas, Hernández, candidato do Partido Nacional (PN, direita), lidera com 35,88% dos votos, contra 29,14% de Xiomara Castro, candidata do Partido Liberdade e Refundação (Livre) e esposa do presidente destituído Manuel Zelaya.

Zelaya, derrubado em 2009 por uma junta cívico-militar de direita, anunciou que convocará uma mobilização no próximo sábado contra o que considera fraude nas eleições presidenciais.

"No sábado vamos convocar mobilizações, roubaram a vitória do (partido) Libre e de Xiomara (Castro). Vamos provar isto", afirmou Zelaya em entrevista à Rádio e TV Globo.

"Não reconhecemos os resultados que foram publicados nos boletins do Tribunal Supremo Eleitoral porque houve fraude", disse Zelaya, esclarecendo que o Libre "não vai incendiar" o país porque as mobilizações serão "pacíficas".


O presidente deposto prometeu "que a vontade popular será defendida absolutamente com tudo o que possuímos".

Xiomara Castro disse que as provas da fraude serão reveladas nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, quando saberão de "grandes irregularidades".

A candidata recordou que na noite de domingo se declarou presidente eleita e "hoje posso dizer que mantenho esta mesma posição" porque "o povo nos elegeu de forma contundente".

Zelaya estimou que se confirmado, o futuro governo conservador será "muito débil" porque conta apenas com pouco mais de 30% dos votos: "como alguém pode governar com 30%"?

O presidente deposto destacou que "o governo perdeu o Congresso", que "é o primeiro poder do Estado" e onde são tomadas as decisões.

Segundo projeções, o Partido Nacional elegeu 47 deputados, o Libre, 39; o Partido Liberal (PL, direita), 26, e o Partido Anticorrupção (PAC, centro direita), 13.

No atual Congresso, presidido e controlado por Hernández, o PN tem 71 deputados, o PL, 55, e as outras três forças minoritárias compartilham 12 cadeiras.

Observadores da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) qualificaram como "transparentes" e "confiáveis" as eleições de domingo em Honduras.

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Tegucigalpa - O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de Honduras , David Matamoros, anunciou na quarta-feira à noite a vitória do candidato governista, Juan Orlando Hernández, na eleição presidencial.

"Os números que divulgamos hoje indicam claramente que o vencedor das eleições gerais é Juan Orlando Hernández", declarou Matamoros.

"Nos próximos dias emitiremos a declaração oficial, ao fim da apuração de todas as urnas", completou.

Com 81,54% das urnas apuradas, Hernández, candidato do Partido Nacional (PN, direita), lidera com 35,88% dos votos, contra 29,14% de Xiomara Castro, candidata do Partido Liberdade e Refundação (Livre) e esposa do presidente destituído Manuel Zelaya.

Zelaya, derrubado em 2009 por uma junta cívico-militar de direita, anunciou que convocará uma mobilização no próximo sábado contra o que considera fraude nas eleições presidenciais.

"No sábado vamos convocar mobilizações, roubaram a vitória do (partido) Libre e de Xiomara (Castro). Vamos provar isto", afirmou Zelaya em entrevista à Rádio e TV Globo.

"Não reconhecemos os resultados que foram publicados nos boletins do Tribunal Supremo Eleitoral porque houve fraude", disse Zelaya, esclarecendo que o Libre "não vai incendiar" o país porque as mobilizações serão "pacíficas".


O presidente deposto prometeu "que a vontade popular será defendida absolutamente com tudo o que possuímos".

Xiomara Castro disse que as provas da fraude serão reveladas nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, quando saberão de "grandes irregularidades".

A candidata recordou que na noite de domingo se declarou presidente eleita e "hoje posso dizer que mantenho esta mesma posição" porque "o povo nos elegeu de forma contundente".

Zelaya estimou que se confirmado, o futuro governo conservador será "muito débil" porque conta apenas com pouco mais de 30% dos votos: "como alguém pode governar com 30%"?

O presidente deposto destacou que "o governo perdeu o Congresso", que "é o primeiro poder do Estado" e onde são tomadas as decisões.

Segundo projeções, o Partido Nacional elegeu 47 deputados, o Libre, 39; o Partido Liberal (PL, direita), 26, e o Partido Anticorrupção (PAC, centro direita), 13.

No atual Congresso, presidido e controlado por Hernández, o PN tem 71 deputados, o PL, 55, e as outras três forças minoritárias compartilham 12 cadeiras.

Observadores da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) qualificaram como "transparentes" e "confiáveis" as eleições de domingo em Honduras.

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