Julian Assange: no ano passado, a Suprema Corte sueca rejeitou uma apelação anterior de Assange (Peter Nicholls / Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2016 às 09h56.
Estocolmo - Um tribunal Suécia manteve nesta quarta-feira o mandado de prisão emitido para o fundador do site Wikileaks, Julian Assange, dizendo que sua permanência na embaixada do Equador em Londres não equivale a uma detenção.
Assange, de 44 anos, é buscado pelas autoridades suecas para ser interrogado por conta das alegações, que ele nega, de que cometeu abuso sexual em 2010 no país.
O hacker, que enfureceu o governo dos Estados Unidos ao publicar centenas de milhares de mensagens diplomáticas secretas dos EUA, está abrigado na embaixada equatoriana desde junho de 2012 para evitar a investigação de estupro na Suécia.
Ele disse temer uma extradição aos EUA, onde está em curso um inquérito criminal sobre as atividades do Wikileaks.
"A corte distrital considera que ainda há causa provável para uma suspeita contra JA (Julian Assange) por estupro, por um incidente menos grave e que ainda existe o risco de que ele irá partir ou de alguma maneira evitar um processou ou uma punição", disse o tribunal em um comunicado.
No ano passado, a Suprema Corte sueca rejeitou uma apelação anterior de Assange na qual ele pediu a revogação da ordem de detenção.
Após um comunicado de um comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) segundo o qual sua estadia na embaixada equivale a uma detenção arbitrária, em fevereiro os advogados de Assange voltaram a pedir à Corte Distrital de Estocolmo para anular o mandado de prisão.