Mundo

Tribunal condena 113 seguidores da Irmandade Muçulmana

Pessoas foram condenadas por crimes que incluem a participação em revoltas, ataques contra a polícia e o porte de armas


	Membros da Irmandade Muçulmana: autoridades conduzem uma dura repressão contra a Irmandade desde que os militares depuseram o presidente islamita Mohamed Mursi em julho
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membros da Irmandade Muçulmana: autoridades conduzem uma dura repressão contra a Irmandade desde que os militares depuseram o presidente islamita Mohamed Mursi em julho (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 13h16.

Cairo - Uma corte egípcia condenou 113 apoiadores da Irmandade Muçulmana nesta quinta-feira por crimes que incluem a participação em revoltas, ataques contra a polícia e o porte de armas, em três processos separados que foram levados à Justiça após uma série de protestos contra o governo apoiado pelo Exército.

As autoridades conduzem uma dura repressão contra a Irmandade desde que os militares depuseram o presidente islamita Mohamed Mursi em julho, na sequência de protestos em massa contra o seu governo.

O atual governo acusa a Irmandade de recorrer à violência e em 25 de dezembro classificou a entidade como um grupo terrorista. A organização alega estar comprometida com protestos pacíficos.

As decisões judiciais desta quinta-feira incluem a condenação de 63 pessoas a três anos de prisão em um único processo, uma das maiores condenações em massa até o momento. O juiz multou cada um dos condenados em 50 mil libras egípcias (7,2 mil dólares). Ele também estabeleceu uma fiança de 5 mil libras egípcias, o que permite ao réus evitar a prisão enquanto apelam o resultado do julgamento. O caso corresponde a um protesto realizado no fim de novembro.

Em um caso separado, outros 24 apoiadores da Irmandade foram condenados a três anos de prisão e trabalho comunitário por causa de confrontos na mesma época, mas uma parte diferente do Cairo.

No terceiro processo, a corte condenou 26 estudantes da Universidade Al-Azhar a 2 anos e meio de prisão cada, também por acusações que incluem o ataque contra forças de segurança, agrupamento ilegal e vandalismo. A Universidade Al-Azhar, no Cairo, tem sido cenário de frequentes protestos contra o governo, desde a queda de Mursi.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaMohamed MursiPolíticos

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua