Denis Sinyakov, ativista do Greenpeace: "não sou culpado, e não há qualquer crime em organizar protestos pacíficos" (Dmitri Sharomov/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 09h57.
São Petesburgo - Mais três das 30 pessoas presas na Rússia durante um protesto do Greenpeace foram soltas nesta quinta-feira após o pagamento de fiança, e afirmaram não ter qualquer arrependimento da ação contra a exploração de petróleo no Ártico.
Denis Sinyakov, de 36 anos, um fotógrafo freelance, foi recebido pela mulher com uma abraço, enquanto Ekaterina Zaspa, de 37 anos, médica do navio quebra-gelo do Greenpeace Arctic Sunrise, foi recepcionada pelo marido.
"Não sou culpado, e não há qualquer crime em organizar protestos pacíficos", disse Sinyakov a repórteres do lado de fora do tribunal na cidade russa de São Petesburgo.
Andrey Allakhverdov, de 50 anos, porta-voz do Greenpeace na Rússia, disse não ter "absolutamente qualquer arrependimento" por seu envolvimento no protesto, em que ativistas tentaram escalar a plataforma de petróleo Prirazlomnaya, operada pela estatal russa Gazprom, no mar de Pechora.
A Justiça russa estabeleceu fiança de 2 milhões de rublos (61.100 dólares) para libertar os presos pelo protesto. Os 30 ativistas serão julgados pelo crime de vandalismo, e podem ser condenados a até sete anos de prisão.
Vinte e quatro dos 30 detidos em 18 de setembro receberam o direito à liberdade sob fiança esta semana.
A brasileira Ana Paula Maciel foi a primeira a ser solta, na quarta-feira. Ela deixou o local carregando um papel com a frase "Salvem o Ártico".