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Três palestinos são mortos em Gaza após disparos de foguetes contra Israel

Em resposta ao disparo de foguetes, Israel abriu fogo contra um helicóptero e um tanque de "suspeitos armados"

Gaza: o escudo antimísseis israelense interceptou um foguete pela primeira vez desde 12 de julho (/Mohammed Salem/Reuters)

Gaza: o escudo antimísseis israelense interceptou um foguete pela primeira vez desde 12 de julho (/Mohammed Salem/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de agosto de 2019 às 13h06.

Três palestinos foram mortos por soldados israelenses no norte da Faixa de Gaza, após o lançamento de três foguetes do enclave na madrugada deste domingo (18) - informa o Ministério da Saúde de Gaza.

Dois dos foguetes foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea de Israel, explicaram as Forças Armadas.

Os fragmentos dos artefatos caíram em uma casa na cidade israelense de Sderot, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, segundo o Exército e a polícia israelenses.

Ninguém foi ferido diretamente pelos fragmentos dos foguetes, mas quatro civis receberam atendimento por "crise de pânico", incluindo uma mulher de 76 anos que foi levada para o hospital, de acordo com fontes médicas de Israel.

Em resposta, o Exército israelense anunciou que abriu fogo contra um helicóptero e um tanque de "suspeitos armados de Gaza que estavam se aproximando da barreira" que separa Israel do enclave palestino.

Já o Ministério da Saúde do território palestino indicou que três palestinos morreram e outro foi hospitalizado após o incidente ocorrido ao norte de Beit Lahia.

A instituição identificou os falecidos como Mahmud Al Walayda, de 24 anos, Mohamed Abu Namus, 27, e Mohamed Samir Al Taramsi, de 26.

Nem Hamas nem seu aliado, a Jihad Islâmica, reivindicaram a operação. O porta-voz do movimento islâmico que governa Gaza alertou, no entanto, que se os "crimes e o bloqueio injusto de Gaza (por Israel)" continuarem, isso levará à "escalada" e vai "fazer a situação explodir".

Em meio à tensão, a Jordânia anunciou, neste domingo, que convocou o embaixador israelense em Amã para transmitir "uma mensagem de firmeza". Também pediu ao governo israelense que ponha fim às suas "violações" no local da Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, parte palestina da cidade anexada por Israel.

Guardiã dos lugares sagrados muçulmanos na Cidade Santa, a Jordânia manifestou ao embaixador Amir Weissbrod sua "condenação e rejeição às violações israelenses" na Esplanada, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Amã.

Primeiros disparos de foguetes desde julho

Na noite de sexta-feira, o escudo antimísseis israelense interceptou um foguete, o primeiro a ser disparado desde 12 de julho, vindo de Gaza, onde vivem cerca de dois milhões de palestinos.

Em resposta, um avião de combate israelense atacou pelo menos três alvos na Faixa de Gaza, segundo uma fonte de segurança palestina. O Exército israelense relatou, por sua vez, dois ataques contra "alvos subterrâneos" do Hamas.

Na semana passada, Israel anunciou que interrompeu um ataque "importante" em sua fronteira com Gaza, matando quatro palestinos vestidos com "uniformes", equipados com rifles de assalto, lança-foguetes e granadas. Eles estariam tentando se infiltrar no território israelense.

O Hamas não reivindicou a tentativa de infiltração, mas foi acusado por Israel de ser responsável por esse movimento. O Hamas e Israel já passaram por três guerras desde 2008.

Desde março de 2018, a Faixa de Gaza tem sido palco de protestos semanais que acabam em violência, para exigir que o bloqueio estrito que Israel impõe a esse território há dez anos seja suspenso.

Desde então, pelo menos 305 palestinos perderam a vida por disparos israelenses, a maioria durante confrontos em manifestações, ou por bombardeios. Entre os israelenses, são sete mortos.

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