Sobrevivente de naufrágio é resgatado na Itália: dirigente disse que mais de 30 mil imigrantes chegaram na Itália neste ano (Italian Coast Guard/Handout via Reuters/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2013 às 11h21.
Roma - O ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, disse nesta sexta-feira que o naufrágio de ontem na costa de Lampedusa provavelmente não será a última tragédia envolvendo embarcações com imigrantes ilegais que tentam chegar na Europa.
Após chegar da ilha, Alfano fez um discurso na Câmara dos Deputados e informou que o barco poderia transportar mais de 400 pessoas, das quais 155 se salvaram, enquanto 111 corpos foram resgatados.
"A embarcação sofreu uma avaria e parou. Não foi avistada. Para pedir socorro os imigrantes fizeram fogo", disse o ministro no plenário da Câmara dos Deputados após voltar da ilha.
Infelizmente, acrescentou Alfano, havia gasolina e combustível dos motores na superfície da embarcação, o que provocou o incêndio.
O pavor produzido pelo fogo fez com que os imigrantes fossem para um lado do barco, que acabou virando, explicou o ministro.
"É importante verificar se no sótão da embarcação existem mais vítimas. Neste local viajam habitualmente os que pagam menos, os mais pobres entre os pobres", comentou.
Alfano falou que sentia "vergonha" pelo terrível episódio e disse que foram os pescadores e os praticantes de esporte aquáticos de Lampedusa que alertaram, por volta das 7h locais, sobre o acidente.
O dirigente disse que mais de 30 mil imigrantes chegaram na Itália neste ano e que grande parte deles tiveram que ser socorridos.