Imigrantes em barco no Mar Mediterrâneo: a equipe do EMSC da Europol concentra suas atividades em dois pontos-chave da crise migratória: Catânia (Itália) e Pireus (Grécia) (Jason Florio/Handout via Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 17h18.
As redes criminosas de traficantes de migrantes arrecadaram entre 3 bilhões e 6 bilhões de euros em 2015 graças a esta atividade, criticou nesta segunda-feira a Europol, alertando que esta cifra poderá dobrar ou mesmo triplicar se a crise migratória continuar em seu atual ritmo.
Aproximadamente 90% dos mais de um milhão de migrantes que entraram ilegalmente na Europa usam "um serviço de facilitação", declarou o diretor da Europol, Rob Wainwright, durante uma coletiva de imprensa em Haia, onde fica a sede da organização policial europeia.
"A luta contra o tráfico de migrantes é uma das principais prioridades da UE com a finalidade de contra-atacar a crise dos refugiados", declarou, por sua vez, o Comissário Europeu encarregado da Migração, Dimitris Avramopoulos.
O Centro Europeu para a Luta contra o Tráfico de Migrantes (EMSC) tem por missão apoiar os Estados europeus no desmantelamento de redes de traficantes.
A Europol afirma dispor de informações sobre quase 40.000 pessoas suspeitas de envolvimento no tráfico de migrantes.
A equipe do EMSC da Europol concentra suas atividades em dois pontos-chave da crise migratória: Catânia (Itália) e Pireus (Grécia).
Segundo a agência europeia de fronteiras externas, Frontex, 140.000 migrantes já entraram ilegalmente na Europa ao longo de 2016, e se prevê que o fluxo de refugiados e migrantes não deve diminuir esta ano.