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Tráfego de bikes já supera o de carros em Copenhague

Esta cidade é um verdadeiro fenômeno sobre duas rodas

Copenhague, Dinamarca (Thinckstock)

Copenhague, Dinamarca (Thinckstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 20 de novembro de 2016 às 08h30.

Última atualização em 20 de novembro de 2016 às 08h30.

São Paulo - Todo mundo que visita a capital da Dinamarca se impressiona com o trânsito. Não daquele caótico anda-e-para de carros, mas do vai e vem das bicicletas. Copenhague é um tremendo fenômeno sobre duas rodas.

De acordo com dados divulgados neste mês pela prefeitura, as bicicletas agora já ultrapassam os automóveis no trânsito local. O mais recente balanço de tráfego indica que, em média, 265.700 bicicletas entraram no centro de Copenhague por dia no último ano, em comparação com 252.600 carros.

É a primeira que vez isso ocorre desde que os registros começaram em 1970. Os números provam que com oferta de infraestrutura bem projetada e segura, as pessoas tendem a optar pelas magrelas em seus deslocamentos diários.

Tanto que a bike já é o principal meio de transporte para metade da população de Copenhague. Na capital dinamarquesa, pedala-se para ir à escola, ao trabalho, à padaria perto de casa e até mesmo para sair à noite.

A revolução, claro, não aconteceu da noite para o dia. Ao longo de mais de cinco décadas, Copenhague se reinventou, construiu ciclovias aos montes, inclusive com acesso a rodovias, garantiu a integração entre os meios de transporte, investiu em segurança para o ciclista e em toda sorte de infraestrutura cicloviária.

Se achou impressionante, saiba que a expansão de projetos voltados às magrelas é constante. Agora, a cidade está investindo US$ 8,9 milhões para instalar 380 sinais de tráfego inteligentes, com a meta de reduzir o tempo de viagem de bike e outros modais, como o ônibus.

Para isso, a prefeitura vai usar o tempo de viagem de bicicleta como base para todos os semáforos e projeções de fluxo, em vez de usar os tempos de viagem de carro, como tem sido feito há décadas. Mobilidade é coisa séria lá.

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