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Tradição desde 1980, troca de pins é febre em Londres

Às portas da estação de Stratford, junto à entrada do centro de imprensa e da Vila Olímpica, foi instalado o acampamento dos colecionadores

Aficionados pelos pins olímpicos exibem suas coleções (Getty Images)

Aficionados pelos pins olímpicos exibem suas coleções (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 20h47.

Londres - Os colecionadores de pins voltaram a se reunir nas imediações do Parque Olímpico de Londres atrás de novas peças, uma tradição presente nos Jogos desde a edição de Moscou d o evento, em1980.

Às portas da estação de Stratford, junto à entrada do centro de imprensa e da Vila Olímpica, foi instalado o acampamento dos colecionadores.

Lá, uma fila de aficionados pelos pins olímpicos, vindos principalmente de Espanha, Canadá, Estados Unidos, Rússia e China, exibem suas coleções e trocam seus pins com quem passa por ali.

''Desde os Jogos de Barcelona dedico minhas férias a isto'', disse à Agência Efe o espanhol Frederic Garriga, que, contando os de Londres, já passou por nove edições dos Jogos Olímpicos.

No chão, ele mostra as peças de sua coleção que pretende trocar por outras novas de Londres, uma atividade a que se dedica por mais de dez horas por dia.

As normas proíbem a compra e venda, por isso a única opção possível é a troca: os colecionadores avaliam o que lhes é oferecido por outros aficionados e realizam a troca.

''O mais apreciado é o que você não tem'', conta o colecionador que estará em Londres durante todos os Jogos e que se queixa por não ter conseguido o que queria até agora.


Garriga afirma que apesar de o comércio ter sido proibido em outras edições do eventou, as autoridades não eram tão rígidas e era possível vender ou comprar peças. ''Aqui é impossível. Se te flagram, te dão uma bela multa'', lamenta.

A seu lado está Antoni Papió, outro espanhol residente em Andorra, que concentra seus esforços em conseguir insígnias dos meios de comunicação do mundo todo. É a sexta vez que ele está em uma Olimpíada e afirma que os melhores foram em Pequim.

''Foi extraordinário, falando como colecionador, mas também pela cidade'', disse o espanhol que define os colecionadores olímpicos como ''uma pequena família de urubus''.

''Conhecemo-nos todos. A gente se respeita e se dá bem. A maioria vem de países que já sediaram os Jogos. Uma vez que você vive essa experiência, se prende a ela'', comenta enquanto faz gestos para se comunicar com um asiático interessado em algumas de suas peças.

Alguns deles, como Papió, não falam inglês, mas não são passados para trás na hora de negociar a troca diante do olhar de muitos curiosos.

Cerca de 20 colecionadores formam diariamente uma fila às portas da estação, mas devido às restrições impostas pelos organizadores em Londres, o número é inferior a outros Jogos, segundo relato dos presentes.

Os pins mais cobiçados são os japoneses, já que são ''os mais elaborados e as edições mais limitadas'', explica Papió.

Luis Calderón, um peruano residente em Atlanta (Estados Unidos), conta com uma coleção de mais de 50 mil peças. Entrou neste mundo durante os jogos de sua cidade, em 1996, e já esteve presente em cinco Jogos Olímpicos.

''É uma oportunidade única para conhecer as cidades e o ambiente olímpico enquanto dá asas para sua paixão'', comenta enquanto exibe parte de sua coleção. 

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