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Trabalhadores foram impedidos de denunciar riscos na Hungria

Segundo jornal, empregados da MAL foram ameaçados de demissão para não falarem sobre mau estado do reservatório de acumulação

Instalações da MAL, na Hungria, onde ocorreu o vazamento da lama tóxica

Instalações da MAL, na Hungria, onde ocorreu o vazamento da lama tóxica

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 16h30.

Budapeste - Funcionários da empresa que causou o vazamento tóxico na Hungria foram ameaçados de demissão para que não denunciassem o mau estado do reservatório de acumulação de lama tóxica, onde abriu-se uma brecha no último dia 4 de outubro.

Segundo informou hoje o jornal "Népszabadság" em sua edição digital, os testemunhos desses trabalhadores da metalúrgica MAL assinalam que Zoltan Bakonyi, o ex-diretor da empresa, dispunha de informações sobre infiltrações na parede que acabou rompendo.

De acordo com "Népszabadság", Bakonyi "gastou energias em semear o medo nos que se preocupavam com o estado do dique" do que em conter as fugas de material tóxico.

Bakonyi foi detido na segunda-feira sob a acusação de negligência. A empresa está sob intervenção do Estado.

A ONG WWF/Adena denunciou há dias uma série de fotografias feitas em junho em que é possível ver vazamentos de lama no muro do reservatório.

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