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TPII rejeita pedido de Karadzic para usar Clinton em defesa

O ex-líder político servo-bósnio quer que Clinton explique o papel dos Estados Unidos na entrada de armamentos à Bósnia-Herzegovina

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 21h26.

Bruxelas - O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) rejeitou nesta terça-feira o pedido realizado pelo servo-bósnio Radovan Karadzic, acusado de genocídio e crimes de guerra, de entrevistar através de seus advogados o ex-presidente americano Bill Clinton para conseguir fundamentar sua defesa.

O ex-líder político servo-bósnio quer que Clinton explique o papel dos Estados Unidos na entrada de armamentos à Bósnia-Herzegovina através da Croácia e reconheça as supostas promessas de apoio militar de Washington às forças sérvias.

A defesa de Karadzic pediu no dia 9 de maio uma entrevista com Clinton, mas a resposta recebida poucos dias depois foi negativa, por isso os advogados decidiram solicitar ao tribunal, através de uma citação judicial, que o ex-presidente fosse entrevistado pelo conselheiro legal do acusado, Peter Robinsons.

O tribunal rejeitou o pedido alegando que os requisitos exigidos para isso não são cumpridos, que a entrevista forneça informação que não se pode conseguir de outra maneira ou que seja essencial para a investigação ou preparação do caso.

Os juízes argumentam que os EUA enviaram numerosos documentos solicitados a Karadzic, portanto a entrevista não seria necessária para obter a informação que o acusado tenta demonstrar.

Em seu pedido, no entanto, Karadzic classifica como 'relevante' a informação que, segundo ele, Clinton possui sobre a transferência de armas à Bósnia-Herzegovina, via Croácia, enquanto oficialmente estava vigente o embargo armamentista da ONU.

O ex-líder servo-bósnio sustenta que o então presidente croata, Franjo Tudjman, se reuniu em Zagreb com o embaixador americano no país para conseguir sua permissão na transferência de armas procedentes do Irã e este último lhe deu seu sinal verde.

Em suas alegações, Karadzic assinala que a grande maioria dessas armas foi parar nos territórios muçulmanos bósnios de Srebrenica e Zepa, onde houve grandes massacres em 1995.

Por outro lado, o acusado garante que recebeu dos EUA a promessa de apoio militar e que o idealizador dos acordos de Dayton, Richard Holbrooke, lhe ofereceu um pacto no final da guerra da Bósnia (1992-1995) em que seriam retiradas as acusações de genocídio e de crimes de guerra.

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O ex-líder político servo-bósnio quer que Clinton explique o papel dos Estados Unidos na entrada de armamentos à Bósnia-Herzegovina através da Croácia e reconheça as supostas promessas de apoio militar de Washington às forças sérvias.

A defesa de Karadzic pediu no dia 9 de maio uma entrevista com Clinton, mas a resposta recebida poucos dias depois foi negativa, por isso os advogados decidiram solicitar ao tribunal, através de uma citação judicial, que o ex-presidente fosse entrevistado pelo conselheiro legal do acusado, Peter Robinsons.

O tribunal rejeitou o pedido alegando que os requisitos exigidos para isso não são cumpridos, que a entrevista forneça informação que não se pode conseguir de outra maneira ou que seja essencial para a investigação ou preparação do caso.

Os juízes argumentam que os EUA enviaram numerosos documentos solicitados a Karadzic, portanto a entrevista não seria necessária para obter a informação que o acusado tenta demonstrar.

Em seu pedido, no entanto, Karadzic classifica como 'relevante' a informação que, segundo ele, Clinton possui sobre a transferência de armas à Bósnia-Herzegovina, via Croácia, enquanto oficialmente estava vigente o embargo armamentista da ONU.

O ex-líder servo-bósnio sustenta que o então presidente croata, Franjo Tudjman, se reuniu em Zagreb com o embaixador americano no país para conseguir sua permissão na transferência de armas procedentes do Irã e este último lhe deu seu sinal verde.

Em suas alegações, Karadzic assinala que a grande maioria dessas armas foi parar nos territórios muçulmanos bósnios de Srebrenica e Zepa, onde houve grandes massacres em 1995.

Por outro lado, o acusado garante que recebeu dos EUA a promessa de apoio militar e que o idealizador dos acordos de Dayton, Richard Holbrooke, lhe ofereceu um pacto no final da guerra da Bósnia (1992-1995) em que seriam retiradas as acusações de genocídio e de crimes de guerra.

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