Mundo

TPII rejeita libertação de ex-dirigente servo-bósnio

Segundo o presidente da corte, Krajisnik demonstrou reabilitação, embora "muito limitada"

Enterro em massa de vítimas de massacre na antiga Iugoslávia (Sean Gallup/Getty Images)

Enterro em massa de vítimas de massacre na antiga Iugoslávia (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 12h53.

Bruxelas - O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) rejeitou nesta segunda-feira o pedido de libertação antecipada de Momcilo Krajisnik, um dos principais líderes servo-bósnios durante a guerra da Bósnia e condenado em 2006 a 27 anos de prisão.

Em sua decisão, o presidente da corte, Patrick Robinson, assinala que Krajisnik, de 66 anos, mostrou "um pouco" de reabilitação, "embora muito limitada" e precisa que Krajisnik foi condenado por crimes muito graves e que a prática habitual do TPII é estudar a libertação antecipada dos réus quando cumprirem dois terços de sua condenação, enquanto neste caso apenas cumpriu algo mais da metade.

Robinson indica que os juízes rejeitaram de forma unânime o pedido de Krajisnik, apresentado há algumas semanas do seu local de reclusão, em uma prisão britânica.

Krajisnik, ex-presidente do Parlamento dos sérvios da Bósnia durante a guerra nesse país (1992-1995), foi condenado a 27 anos de prisão pelo TPII por crimes de guerra e lesa-humanidade, embora não tenha sido declarado culpado de acusações mais graves, como o de genocídio.

Considerado um dos principais colaboradores políticos do líder servo-bósnio durante a disputa, Radovan Karadzic, Momcilo Krajisnik foi transferido a Haia justo após ser capturado por tropas francesas da Otan na cidade servo-bósnia de Pale, em abril de 2000.

Acompanhe tudo sobre:GuerrasJustiçaPrisões

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia