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TPI mantém 'contatos informais' com o filho de Kadafi

Tribunal tenta convencer Saif al Islam a se render e aceitar o julgamento por crimes contra a humanidade

Saif al Islam é procurado pelo TPI por crimes contra a humanidade cometidos desde o início da revolta (Daniel Raunig/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 12h24.

Haia, Holanda - O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) afirmou nesta sextra-feira que mantém "contatos informais" com Saif al Islam, filho do falecido líder líbio Muammar Kadafi , sobre sua possível rendição ao Tribunal, que o procura por crimes contra a Humanidade.

"Estamos em contato informal com Saif através de intermediários", declarou o promotor Luis Moreno Ocampo, citado em um comunicado.

"O gabinete do promotor disse claramente que, se ele se render ao TPI, terá direito de ser ouvido ante ao tribunal e será inocente até que se prove o contário", acrescentou.

Saif al Islam, de 39 anos, é procurado pelo TPI por crimes contra a humanidade cometidos desde o início da revolta, em meados de fevereiro, contra o regime de seu pai Muammar Kadafi.

Sucessor tácito de seu pai, morto no dia 20 de outubro pelas mãos de combatentes do novo regime líbio, e "primeiro-ministro de fato" do ex-regime, segundo o TPI, Saif al Islam é alvo de uma ordem de prisão do tribunal desde 27 de junho e de uma "notificação vermelha" da Interpol desde 9 de setembro.

Segundo autoridades tuaregues, Saif al Islam chegou na terça-feira à fronteira do Níger para se refugiar.

Já o jornal sul-africano Beeld informou na quinta-feira que um grupo de mercenários sul-africanos tentava tirar Saif al Islam da Líbia.

No fim de agosto, informações da imprensa destacaram que um grupo de sul-africanos havia escoltado de Trípoli a Niamei um comboio com ouro, moedas estrangeiras e diamantes de Kadafi.

Os mercenários também teriam ajudado a esposa de Kadafi, Safiya, sua filha Aisha e dois filhos, Hannibal e Mohamed, a fugir do país.


O ministério sul-africano das Relações Exteriores não comentou as informações.

"Também descobrimos por meios informais que um grupo de mercenários se ofereceu para transferir Saif para um país africano que não é um Estado parte do Estatuto de Roma", o tratado fundador do TPI, acrescentou Moreno Ocampo.

"A promotoria também está examinando a possibilidade de interceptar um avião, seja qual for, no espaço aéreo de um Estado parte para concretizar a prisão", disse o promotor argentino.

Moreno Ocampo assegurou que a promotoria "está redobrando esforços" para deter Saif al Islam e o ex-chefe dos serviços secretos militares líbios, Abdullah Al Senusi.

Segundo fontes dos serviços de segurança nigerinos e malineses, Senusi se encontraria no Níger ou em Mali com alguns de seus homens.

A Otan decidiu formalmente nesta sexta-feira finalizar no dia 31 de outubro sua operação de sete meses na Líbia, apesar dos apelos do governo de transição líbio para que continuasse com suas patrulhas aéreas até o fim do ano. Os aviões da Otan darão por terminada sua missão na segunda-feira após mais de 26 mil intervenções e do bombardeio de quase 6 mil alvos.

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Haia, Holanda - O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) afirmou nesta sextra-feira que mantém "contatos informais" com Saif al Islam, filho do falecido líder líbio Muammar Kadafi , sobre sua possível rendição ao Tribunal, que o procura por crimes contra a Humanidade.

"Estamos em contato informal com Saif através de intermediários", declarou o promotor Luis Moreno Ocampo, citado em um comunicado.

"O gabinete do promotor disse claramente que, se ele se render ao TPI, terá direito de ser ouvido ante ao tribunal e será inocente até que se prove o contário", acrescentou.

Saif al Islam, de 39 anos, é procurado pelo TPI por crimes contra a humanidade cometidos desde o início da revolta, em meados de fevereiro, contra o regime de seu pai Muammar Kadafi.

Sucessor tácito de seu pai, morto no dia 20 de outubro pelas mãos de combatentes do novo regime líbio, e "primeiro-ministro de fato" do ex-regime, segundo o TPI, Saif al Islam é alvo de uma ordem de prisão do tribunal desde 27 de junho e de uma "notificação vermelha" da Interpol desde 9 de setembro.

Segundo autoridades tuaregues, Saif al Islam chegou na terça-feira à fronteira do Níger para se refugiar.

Já o jornal sul-africano Beeld informou na quinta-feira que um grupo de mercenários sul-africanos tentava tirar Saif al Islam da Líbia.

No fim de agosto, informações da imprensa destacaram que um grupo de sul-africanos havia escoltado de Trípoli a Niamei um comboio com ouro, moedas estrangeiras e diamantes de Kadafi.

Os mercenários também teriam ajudado a esposa de Kadafi, Safiya, sua filha Aisha e dois filhos, Hannibal e Mohamed, a fugir do país.


O ministério sul-africano das Relações Exteriores não comentou as informações.

"Também descobrimos por meios informais que um grupo de mercenários se ofereceu para transferir Saif para um país africano que não é um Estado parte do Estatuto de Roma", o tratado fundador do TPI, acrescentou Moreno Ocampo.

"A promotoria também está examinando a possibilidade de interceptar um avião, seja qual for, no espaço aéreo de um Estado parte para concretizar a prisão", disse o promotor argentino.

Moreno Ocampo assegurou que a promotoria "está redobrando esforços" para deter Saif al Islam e o ex-chefe dos serviços secretos militares líbios, Abdullah Al Senusi.

Segundo fontes dos serviços de segurança nigerinos e malineses, Senusi se encontraria no Níger ou em Mali com alguns de seus homens.

A Otan decidiu formalmente nesta sexta-feira finalizar no dia 31 de outubro sua operação de sete meses na Líbia, apesar dos apelos do governo de transição líbio para que continuasse com suas patrulhas aéreas até o fim do ano. Os aviões da Otan darão por terminada sua missão na segunda-feira após mais de 26 mil intervenções e do bombardeio de quase 6 mil alvos.

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