Torre Eiffel é fechada pelo segundo dia seguido por greve de funcionários
Os sindicatos alegam que a prefeitura de Paris, acionista majoritária da empresa que administra a torre, impõe um modelo de negócios "insustentável"
Agência de notícias
Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 10h45.
A Torre Eiffel manterá suas portas fechadas nesta terça-feira, 2, pelo segundo dia consecutivo, devido a uma greve de funcionários, informou um representante sindical à AFP.
A empresa que opera este símbolo parisiense, SETE, comunicou em seu site que "as visitas ao monumento serão interrompidas nesta terça-feira" e sugeriu aos turistas que adiassem sua visita.
Aqueles que adquiriram ingressos de forma virtual foram orientados a verificar seus e-mails para obter mais informações.
O fechamento provocou frustração em muitos visitantes, principalmente turistas estrangeiros.
Motivações da greve
A greve, que começou na segunda-feira, foi convocada pelos sindicatos de funcionários, CGT e FO, para "denunciar a atual gestão" da Torre Eiffel.
Ambos alegam, sobretudo, que a prefeitura de Paris, acionista majoritária da empresa, impõe um modelo de negócios "insustentável" devido ao desequilíbrio entre as receitas e as despesas, agravadas pela crise da covid-19.
Em um comunicado conjunto na segunda-feira, os sindicatos CGT e FO pediram à prefeitura de Paris que fosse "razoável nas suas exigências financeiras para garantir a sobrevivência do monumento e da empresa que o explora".
Segundo o representante do CGT Alexandre Leborgne, a instância municipal "recusa-se a negociar neste momento".
Em 2023, o monumento mais famoso de Paris recebeu 6,3 milhões de visitantes, a marca mais elevada desde 2019.
Este número deve ser ainda maior este ano com os Jogos Olímpicos de Paris, que acontece entre os dias 26 de julho e 11 de agosto.