Mundo

Tesouro assegura que moratória dos EUA não é opção

Geithner ressaltou que calote está "fora da mesa de negociações"

Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA, pediu redução do déficit (Mark Wilson/Getty Images)

Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA, pediu redução do déficit (Mark Wilson/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 13h47.

Washington - O Secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, ressaltou nesta segunda-feira que a moratória dos Estados Unidos está "fora da mesa de negociações e não é uma opção", a duas semanas de o país alcançar o teto máximo de endividamento.

"É muito importante que a liderança do partido republicano tenha tirado definitivamente a moratória da mesa de negociação", disse Geithner em uma entrevista à emissora "CNBC".

No entanto, o secretário do Tesouro destacou a "necessidade de se encontrar um caminho para avançar na redução do déficit a longo prazo".

Se a alta do teto de endividamento - atualmente estabelecido em US$ 14,29 trilhões - não for aprovada pelo Congresso, o Tesouro anunciou que o país seria obrigado a declarar-se em moratória a partir de 2 de agosto.

Republicanos e democratas continuam sem chegar a um acordo em relação ao aumento dos impostos pagos pelos americanos com rendas mais altas.

O presidente Barack Obama e os democratas o consideram um ponto fundamental, que compensaria o sacrifício que representarão os cortes nos programas sociais.

Já os republicanos dizem que a questão é inegociável, já que prejudicaria a criação de postos de trabalho, em um momento no qual a taxa de desemprego está acima dos 9%.

A proposta que ganhou mais apoio é a defendida por Harry Reid e Mitch McConnell, líderes democrata e republicano no Senado, que concederia a Obama poderes especiais para elevar o teto da dívida, mas obrigaria a várias votações no Congresso.

Geithner reconheceu a viabilidade do plano, mas ressaltou que o Governo continua "trabalhando com ambas as partes para tentar obter um pacto que não só evite a entrada em moratória, mas garanta que o país faça algo útil para resolver o problema do déficit fiscal a longo prazo".

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaEstados Unidos (EUA)Países ricosTesouro Nacional

Mais de Mundo

Turismo na Itália: Governo estuda cobrar 25 euros por noite para combater excesso de visitantes

Venezuela liberta adolescentes detidos em protestos após eleições

Polônia relembra os 85 anos do início da Segunda Guerra Mundial

Partido de extrema direita AfD é favorito em eleições estaduais no Leste alemão

Mais na Exame