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Território da Otan é inviolável, diz Kerry

EUA advertiram a Rússia que Washington e seus aliados estão unidos na defesa da Ucrânia

Soldados ucranianos montam guarda em uma base próxima da vila de Malinivka, ao leste da Ucrânia (Baz Ratner/Reuters)

Soldados ucranianos montam guarda em uma base próxima da vila de Malinivka, ao leste da Ucrânia (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 16h30.

Washington - Os Estados Unidos advertiram a Rússia nesta terça-feira que Washington e seus aliados estão unidos na defesa da Ucrânia, que o território da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é inviolável e que a aliança defenderá cada parte dele.

"Hoje, a Rússia procura mudar a área de segurança da Europa Central e Oriental", disse Kerry em um discurso em Washington, referindo-se à ocupação da Crimeia pelos russos e a ameaça que a Rússia representa para o leste da Ucrânia.

"Qualquer caminho que a Rússia escolher, os Estados Unidos e nossos aliados vão estar juntos em nossa defesa da Ucrânia", disse Kerry.

"E o mais importante, juntos temos de deixar bem claro ao Kremlin que o território da Otan é inviolável. Defenderemos cada pedaço dele", acrescentou.

Em um chamado aos integrantes da Otan, Kerry afirmou que a unidade é vital e que os orçamentos de defesa dos membros não poderiam ser reduzidos.

"Juntos, temos que pressionar contra aqueles que querem mudar as fronteiras soberanas pela força", disse Kerry.

"Nós nos encontramos em um momento decisivo para a nossa aliança transatlântica. A nossa força virá da nossa unidade", disse ele. "Este momento é muito mais do que nós mesmos - o fato é que o nosso modelo inteiro de liderança global está em jogo." Kerry afirmou que os EUA e os seus aliados europeus têm de trabalhar em conjunto para garantir que os países europeus não fiquem dependentes das fontes de energia russas.

"Nós podemos oferecer uma maior independência energética se ajudarmos a diversificar as fontes de energia disponíveis para os mercados europeus", disse ele no discurso em um instituto em Washington, com a presença de ministros de vários países da UE e da Otan.

Ele considerou a crise na Ucrânia um "alarme" para acelerar os trabalhos "para promover uma comunidade transatlântica mais forte, mais próspera".

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