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Terremoto deixa mais de 60 mortos na China e equipes de emergência buscam sobreviventes

A imprensa também anunciou que o terremoto no sudoeste do país deixou quase 250 feridos e 12 desaparecidos

Equipes de emergência transportam pessoa ferida em terremoto de 6,6 graus na província chinesa de Sichuan (AFP/AFP Photo)

Equipes de emergência transportam pessoa ferida em terremoto de 6,6 graus na província chinesa de Sichuan (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 6 de setembro de 2022 às 07h05.

Bombeiros e militares procuravam nesta terça-feira, 6, sobreviventes entre os escombros após um forte terremoto no sudoeste da China, que matou pelo menos 65 pessoas e provocou muitos danos em edifícios e infraestruturas.

O balanço atualizado inclui 37 vítimas fatais no município autônomo tibetano de Garze e 28 no condado vizinho de Shimian, o que eleva o total a 65, informaram o canal CCTV e o jornal People Daily, vinculado ao Partido Comunista.

A imprensa também anunciou que o terremoto deixou quase 250 feridos e 12 desaparecidos.

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O canal estatal CCTV informou que quase 200 pessoas estão bloqueadas no vale de Hailuo, uma zona turística de geleiras que fica a mais de 2.850 metros de altitude.

O terremoto de 6,6 graus de magnitude aconteceu na segunda-feira pouco antes das 13H00 (2H00 de Brasília), a 10 quilômetros de profundidade na província de Sichuan, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos.

O epicentro foi localizado no condado de Luding, uma área de vales, rios caudalosos e estradas estreitas perto do planalto tibetano, quase 200 quilômetros ao oeste da capital provincial Chengdu.

A CCTV exibiu nesta terça-feira vídeos dos bombeiros retirando o corpo de uma mulher dos escombros ou transportando um ferido em uma maca por uma ponte improvisada sobre um rio.

Outras imagens mostraram imóveis de madeira e concreto com as marcas do terremoto: alguns desabaram parcialmente.

Algumas estradas, que viraram ruínas ou foram divididas pelo terremoto, não podem ser utilizadas, o que obriga as equipes de emergência a atravessar rios por pontes improvisadas ou com cabos posicionados entre as duas margens.

Militares mobilizados

O exército chinês anunciou a mobilização de 1.900 militares para participar nas buscas dos desaparecidos e socorrer a população.

A imprensa estatal também divulgou imagens de moradores temporariamente realojados em grandes barracas azuis e recebendo comida e água dos soldados.

O terremoto também foi sentido em edifícios na capital provincial de Chengdu, onde milhões de pessoas estão em confinamento por um surto de covid, e na grande cidade de Chongqing.

"Escutei um barulho muito alto. A casa sacudia tão forte que acordei na mesma hora", disse ao jornal Beijing News uma moradora do condado de Lu, identificada apenas como Zheng.

"A casa do meu irmão desabou. A casa dele é antiga, construída há mais de 10 anos. A minha é nova, a situação é melhor", explicou.

Depois do terremoto, a zona registrou ao menos 10 tremores secundários de 3 graus de magnitude ou superiores, de acordo com o Centro Chinês de Redes Sísmicas.

Previsão de chuvas

O presidente Xi Jinping fez um apelo na segunda-feira à noite para que o país faça "todo o possível para ajudar as pessoas afetadas e minimizar as perdas humanas", informou a agência oficial Xinhua.

A meteorologia prevê chuvas para os próximos dias na área mais afetada, o que pode complicar as operações de resgate.

Os terremotos são relativamente comuns na China, em particular em Sichuan. Em junho, ao menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em dois terremotos.

Em 2008, a região foi cenário de um terremoto de 7,9 graus de magnitude, que deixou 87.000 mortos ou desaparecidos, incluindo milhares de estudantes.

O sul da China também sofreu nos últimos meses uma onda de calor extremo, com temperaturas recordes que provocaram a seca dos rios de Chongqing.

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