Terremoto: no Paquistão, o número de mortos chegou a 167 (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2015 às 15h04.
Cabul/Peshawar - Um forte terremoto atingiu o remoto nordeste do Afeganistão nesta segunda-feira e provocou ondas de choque que foram sentidas na Índia e no Paquistão, resultando em mais de 200 mortos, disseram autoridades.
O epicentro do tremor foi localizado a 213 quilômetros de profundidade e 254 quilômetros a nordeste da capital afegã, Cabul, em uma área remota do Afeganistão, na cordilheira Hindu Kush.
O número de mortos pode aumentar nos próximos dias porque as comunicações foram afetadas em grande parte dessa cordilheira.
Em um dos piores incidentes, 12 meninas morreram em um tumulto ao tentar escapar de uma escola na cidade afegã de Taloqan, no norte, de acordo com autoridades.
"Elas caíram nos pés de outros estudantes", disse Abdul Razaq Zinda, chefe provincial da agência nacional afegã de gestão de desastres, que relatou danos grandes em Takhar.
Pelo menos 52 pessoas morreram em várias províncias do Afeganistão.
No Paquistão, o chefe da agência de gestão de desastres da região de Khyber Pakhtunkhwa, Amer Afaq, disse que o número de mortos chegou a 167, e o porta-voz das Forças Armadas, general Asim Bajwa, afirmou que cerca de 1.000 pessoas ficaram feridas.
Prédios também tremeram na capital indiana, Nova Délhi, levando os funcionários dos escritórios a correr para as ruas.
Nenhuma morte foi registrada na Índia. O Serviço Geológico dos EUA inicialmente estimou a intensidade do terremoto em 7,7, mas depois revisou o número para 7,5.
O sismo ocorreu quase exatamente seis meses depois de o Nepal sofrer seu pior terremoto já registrado, em 25 de abril, seguido de outro tremor, em maio, o que causou a morte de 9.000 pessoas e destruiu ou danificou 900.000 casas.
Essa região montanhosa é sismicamente ativa e as movimentações tectônicas no subcontinente indiano podem causar enorme e destrutiva liberação de energia.
Um terremoto de magnitude 7,6 que atingiu o norte do Paquistão pouco mais de uma década atrás, em 8 de outubro de 2005, matou cerca de 75.000 pessoas.